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Coronavirus

- Publicada em 12 de Maio de 2021 às 19:10

Especialistas enfatizam 'risco contínuo' da Covid-19 e incentivam atividades remotas ao novo modelo do RS

Novo sistema de gestão da pandemia será divulgado pelo Executivo nos próximos dias

Novo sistema de gestão da pandemia será divulgado pelo Executivo nos próximos dias


LUIZA PRADO/JC
Fernanda Crancio
Previsto para ser divulgado entre quinta (13) e sexta-feira (14), o novo modelo de distanciamento compartilhado, que substituirá por alertas o sistema de bandeiras de risco epidemiológico vigente, recebeu nos últimos dias sugestões de ajustes de representantes setoriais e especialistas. Entre as propostas, o comitê científico de apoio ao enfrentamento à pandemia no Rio Grande do Sul destacou ao Executivo a necessidade de reforçar e aprimorar ações de monitoramento, fiscalização e os protocolos de proteção à Covid-19, e sugeriu que seja enfatizado aos gaúchos que o risco de contaminação "é contínuo" e que as atividades remotas devem ser incentivadas.
Previsto para ser divulgado entre quinta (13) e sexta-feira (14), o novo modelo de distanciamento compartilhado, que substituirá por alertas o sistema de bandeiras de risco epidemiológico vigente, recebeu nos últimos dias sugestões de ajustes de representantes setoriais e especialistas. Entre as propostas, o comitê científico de apoio ao enfrentamento à pandemia no Rio Grande do Sul destacou ao Executivo a necessidade de reforçar e aprimorar ações de monitoramento, fiscalização e os protocolos de proteção à Covid-19, e sugeriu que seja enfatizado aos gaúchos que o risco de contaminação "é contínuo" e que as atividades remotas devem ser incentivadas.
"Ou seja, todas as atividades que puderem ser mantidas de forma remota devem permanecer assim, para reduzir a mobilidade global dentro do possível. Da mesma forma, mesmo em locais que têm atividades presenciais, se alguma atividade puder ser mantida de forma remota, isso é recomendável, assim como continuar evitando reuniões e aglomerações", destaca trechos do documento, elaborado por pesquisadores das universidades gaúchas e autoridades cientificas de diversas áreas do conhecimento, sob coordenação da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS.
Entregue à equipe do Gabinete de Crise do governo na terça (11), quando encerrou o prazo para apresentação de sugestões, o material do grupo também especifica ações voltadas à área da educação, como manutenção da comunicação periódica com pais, professores e sociedade sobre a evolução da Covid-19 nas escolas, implementação de um sistema de monitoramento de avaliação de casos e ausências entre estudantes e comunidade escolar, com busca ativa de casos suspeitos e confirmados e revisão dos protocolos utilizados pelas escolas.
Como destacou reportagem do Jornal do Comércio, devem ser priorizados a ventilação dos ambientes, o distanciamento correto e o uso de máscaras bem ajustadas e de boa qualidade na retomada do ensino pesencial.
Entre a ações práticas do novo modelo, o grupo aponta ainda necessidade de padronizar a emissão de avisos e alertas por parte do governo, com o estabelecimento de critérios definidos. Uma das formas de avançar nesse sentido seria criar uma escala numérica para graduar a situação epidemiológica, conforme a gravidade dos indicadores. "Definir níveis ou limiares entre os indicadores para que seja mais fácil compreender quando estes estiverem atingindo níveis considerados críticos", ressalta o documento.
Os especialistas enfatizam também que haja insistência na fiscalização e penalidades individuais, mesmo que brandas, às pessoas que não utilizarem máscaras quando estiverem perto de outras. E sugerem que haja incentivo à testagem da população e que as macrorregiões do Estado sejam subdivididas, permitindo "uma análise mais confiável da origem dos casos e das ações propostas".
O novo modelo a ser apresentado pelo Executivo passará a valer a partir de sábado (15) e deverá ser regrado por protocolos gerais obrigatórios, que não poderão ser flexibilizados, e específicos para atividades, com o intuito de limitar o mínimo possível a economia. Haverá protocolos mínimos a serem seguidos, outros gerais e ainda os variáveis por região, que serão propostos como padrão para cada atividade, considerando o risco e o quadro da pandemia, podendo ser ajustados à realidade das localidades, desde que com aval de no mínimo 2/3 dos municípios que integram uma região.
Essa possibilidade chegou a ser questionada pelo Ministério Público Federal (MPF), que teme que a mudança na gestão da pandemia possa reduzir coordenação do Executivo sobre a crise sanitária. Prefeitos também temem que a proposta do governo transfira a responsabilidade do controle da pandemia sobre os municípios.
Segundo o governo, no entanto, a ideia é atualizar o modelo ao momento atual da pandemia, simplificando os processos e ampliando a participação das regiões e municípios na definição de protocolos.
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