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Coronavírus

- Publicada em 27 de Abril de 2021 às 20:31

Ministério inclui todas as gestantes e puérperas em grupo prioritário de vacina

Primeira dose em grávidas deve ocorrer até o final de maio

Primeira dose em grávidas deve ocorrer até o final de maio


MARTIN BUREAU/AFP/JC
O Ministério da Saúde decidiu incluir todas as gestantes e puérperas no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. A medida consta de uma nota técnica da pasta divulgada aos estados e municípios.
O Ministério da Saúde decidiu incluir todas as gestantes e puérperas no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. A medida consta de uma nota técnica da pasta divulgada aos estados e municípios.
Até então, a vacina era indicada apenas para as grávidas que tinham doenças preexistentes ou estavam em algum outro grupo previsto para receber a vacina (como trabalhadores de saúde, entre outros), após avaliação de riscos e benefícios com o médico.
A estimativa é que existam hoje cerca de 3 milhões de gestantes e puérperas no País. O documento do ministério não cita data específica, mas estima que a oferta da primeira dose ocorrerá até o final de maio.
Na nota técnica, a pasta diz que a decisão pela inclusão das gestantes na campanha de vacinação considerou possíveis riscos e benefícios, a situação epidemiológica do País e dados que apontam aumento no risco de hospitalização de pacientes com Covid neste grupo.
O ministério afirma também que, ainda que a segurança e eficácia das vacinas contra a Covid não tenham sido avaliadas em gestantes, vacinas de plataformas de vírus inativado (como é o caso da Coronavac) já são utilizadas por esse grupo de mulheres no Calendário Nacional de Vacinação, e levantamento feito pela pasta em recomendações nacionais e internacionais apontou parecer favorável à imunização.
"Considerando ainda o momento pandêmico atual no Brasil com elevada circulação do Sars-CoV-2 e aumento no número de óbitos maternos pela Covid-19, ficou entendido que, neste momento, é altamente provável que o perfil de risco versus benefício na vacinação das gestantes seja favorável", informa a nota, que cita análises por câmaras técnicas para a decisão.
Ainda segundo a pasta, a vacinação das gestantes e puérperas deve ocorrer em conjunto com a vacinação de pessoas com comorbidades (como diabetes, hipertensão e outros fatores de risco) e pessoas com deficiência, mas em duas fases.
Na primeira, devem ser vacinadas gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade. Já a segunda inclui o restante das gestantes, independentemente de condições preexistentes.
Junto a essas fases, a pasta também traz na nota técnica uma especificação para os demais grupos de deficiência e comorbidades (veja quadro), os quais devem ser organizados por faixa etária e outros critérios, como o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Como o jornal Folha de S.Paulo publicou, sem uma diretriz clara, estados estavam adotando critérios diferentes para organizar a vacinação dessa população.
O ministério orienta ainda gestantes com comorbidades a comprovar a situação por meio de exames, relatórios ou receitas médicas. A vacinação deve ocorrer independentemente da idade gestacional. A nota técnica diz que mulheres puérperas que estejam amamentando devem ser orientadas a não interromper a prática.
Ainda segundo o ministério, a vacinação poderá ser realizada com qualquer vacina de plataforma de vírus inativado (Coronavac, por exemplo), vetor viral (Oxford/AstraZeneca) ou mRNA (Pfizer), respeitando os intervalos entre as doses recomendados. 

BOX - Ordem de vacinação - datas dependem da organização de cada local

Fase 1
Pessoas com síndrome de down, independentemente da idade;
Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise) independentemente da idade;
Gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade;
Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos;
Pessoas com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos

Fase 2
Pessoas com comorbidades de demais faixas etárias, com critério de priorização por idade (pessoas de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos);
Pessoas com deficiência permanente cadastradas no BPC;
Gestantes e puérperas independentemente de condições pré-existentes.

Fonte: Ministério da Saúde

Mortes de grávidas por Covid-19 mais que dobraram em 2021

Primeira dose em grávidas deve ocorrer até o final de maio

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/MARTIN BUREAU/AFP/JC
Mais 193 mortes em decorrência do coronavírus foram confirmadas no Rio Grande do Sul nesta terça-feira. Com a atualização, o Estado chega a 24.458 vítimas fatais desde o início da pandemia. As mortes mais recentes são de gaúchos com idades entre 35 e 93 anos.
O monitoramento estadual também notificou 6.223 novas contaminações pelo vírus nas 24 horas entre segunda e terça-feira. Até agora, 919.499 pessoas no RS já foram diagnosticadas com Covid-19. Desse total, o percentual de recuperados é de 96%.
A ocupação dos leitos de UTI no Estado está em 85,6%. São 2.882 pacientes necessitando de tratamento intensivo, sendo 1.847 por conta da Covid-19. Outros 122 ainda aguardam confirmação para a doença.