A pandemia fez mais 130 vítimas fatais no Rio Grande do Sul, segundo a atualização feita pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) nesta quinta-feira (18). Com isso, os óbitos chegam a 11,6 mil em 11 meses de crise sanitária no Estado. Outro dado que chama a atenção é o aumento da ocupação de UTIs, que alcançou 82%, quase três pontos percentuais acima do
quadro dessa quarta-feira (17).
O total de casos encosta em 600 mil registros, com 4,4 mil novos casos. O número de óbitos reflete ocorrências em diversos dias em fevereiro. Muitos podem ter ficado represado nos dias do Carnaval.
A demanda de casos para hospitais continua ascendente. Dos 2,2 mil casos em UTIs, 988 são de confirmados com Covid-19 e há ainda 178 suspeitos. Somando as duas condições (com e ainda em investigação para o novo coronavírus), são 1.166 pacientes, respondendo por 53% dos leitos ocupados.
O crescimento de internações clínicas, que são casos em enfermarias ou mesmo em emergências à espera de leitos de UTI, soma 1,6 mil casos, além de 567 com suspeita de Covid-19. A ampliação desses registros já gerou alerta do Gabinete de Crise, associando ao maior nível de transmissão do novo coronavírus.
Em Porto alegre, as
UTIs atingem 92,5% de ocupação, uma das mais elevadas desde agosto de 2020, quando houve o maior nível de lotação associado à pandemia. São 319 casos de Covid-19 e 52 suspeitos, somando 371 pessoas. Mais de 50% das vagas ocupadas em UTIs estão com doentes infectados pelo novo coronavírus ou suspeitos.
A evolução dos registros e do uso da capacidade hospitalar começa a gerar advertência de epidemiologistas, como Paulo Petry, da Ufrgs, que
vê "perspectiva sombria" para a pandemia e defende que devem ser tomadas medidas mais fortes para que as pessoas adotem os cuidados (uso de máscara e distanciamento). Petry também opinou que devem ser suspensas as aulas presenciais.