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Coronavirus

- Publicada em 15 de Janeiro de 2021 às 11:08

Brasileiro e a vida em Wuhan: 'todo cidadão chinês está em guerra contra o vírus'

Sobre o uso da máscara: 'A percepção é que será uma medida para muitos anos', projeta Peneluppi

Sobre o uso da máscara: 'A percepção é que será uma medida para muitos anos', projeta Peneluppi


RENATO PENELUPPI JR/PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Enquanto o Brasil ainda tenta emplacar cuidados simples como uso da máscara e distanciamento físico e aguarda ansiosamente pela vacina, o advogado brasileiro Renato Peneluppi Jr, que mora em Wuhan, na China, diz que as duas atitudes (máscara + distanciamento) e outra ainda mais decisiva barraram a contaminação no primeiro epicentro da pandemia do novo coronavírus no mundo:
Enquanto o Brasil ainda tenta emplacar cuidados simples como uso da máscara e distanciamento físico e aguarda ansiosamente pela vacina, o advogado brasileiro Renato Peneluppi Jr, que mora em Wuhan, na China, diz que as duas atitudes (máscara + distanciamento) e outra ainda mais decisiva barraram a contaminação no primeiro epicentro da pandemia do novo coronavírus no mundo:
"Todo cidadão chinês está em guerra contra o vírus", avisa o advogado, que descreveu, no quadro em vídeo #JCExplica, como está a vida na cidade mais de um ano após a chegada da Covid-19.
Peneluppi Jr cita ainda o uso de tecnologia, como escanear o QR Code em qualquer local das cidades, para rastrear casos e combater o vírus. A vacinação começa a ser universalizada para os 1,4 bilhão de habitantes do país, conta ele. E sobre o uso da máscara:
"A percepção é que será uma medida para muitos anos. O pensamento do chinês é lutar até quando precisar." 

Assista ao #JXExplica; a seguir os principais tópicos da entrevista com o brasileiro direto de Wuhan:   

Segredo do combate à pandemia:
“O governo declarou uma guerra popular ao novo coronavírus. Ou seja, todo cidadão chinês está em guerra contra o vírus. Todos têm responsabilidade e se cuidam e usam máscara.”
Nível alto de adesão aos cuidados:
"Educação. O índice de analfabetismo é quase zero aqui e tem campanha de alerta sobre os cuidados em todo o lugar. Todos respeitam o uso da máscara. Mas se alguém não está usando, o máximo que se pede é para não entrar em um ambiente fechado. Portanto, é educação e orientação. As pessoas sabem a consequência de não usar a máscara e o benefício de estar com a proteção. Essa capacidade de mobilização é diferente de qualquer lugar do mundo. Também tem um sentido de coletividade: é nossa vida, nossa saúde, temos de enfrentar isso juntos."
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Chineses em áreas de transportes com uso de máscara de forma massiva. Fotos: Renato Peneluppi Jr/Divulgação
A vida um ano após o surgimento do vírus:
"Não ocorre um caso em Wuhan desde maio de 2020. Não há mais risco aqui. Mas a China não consegue vencer o vírus sozinha. Enquanto o mundo estiver com a Covid-19, a China precisa se cuidar. A vida em Wuhan segue no novo normal onde todo cuidado é pouco. Essa consciência que está prevalecendo, mesmo que shows e bares e restaurantes estejam funcionando. Todos se apoiam, pois a infeção que acontece em outro lugar pode vir para cá: se todos se cuidarem, não espalha."
Tecnologia como aliado na pandemia:
“Se usa o QR Code como instrumento de ação e que está ligado a um índice (de risco) vermelho, amarelo e verde. As pessoas escaneiam o código em todos os lugares que ingressam, do supermercado, padaria à farmácia ou loja. Isso garante o registro por onde a pessoa passou. Se houver surto ou novos casos em algum dos locais onde a pessoa esteve, ela é avisada para que tome as medidas, como fazer testes e isolamento.”
A virada de 2020 para 2021:
“A passagem do ano foi diferente. Não se costuma fazer aglomeração ou grande celebração. Mas este ano mais de 1 milhão de chineses foram para uma área central da cidade comemorar. Mas Todo mundo usou máscara. Não tinha nenhum sem máscara."
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O dilema saúde e economia:
"A China encarou o tema em seu conceito: eco (casa) e nomia (estudo da casa). Não tem casa se não tem vida. Adotou-se, com isso, um processo de proteger a vida em primeiro lugar e criou-se um mercado para manter a vida. Uma das medidas foi usar a tecnologia que já se tinha de crédito social, que usa o QR Code, baseado em ferramentas como Wechat, para pagamentos. O padrão de consumo de consumo define o crédito. Também se usou este sistema para poder conceder ajuda em áreas com maiores dificuldades. Uma das ações é liberar o transporte gratuito para quem está em áreas de risco."
A vida no e pós o lockdown:
"O lockdown não é só trancar todo mundo e depois liberar para sair. O lockdown é uma forma de começar a coordenar e informar para onde e como ir. O fechamento dá segurança. Não é obrigatório usar o QR Code, mas isso ajuda a quem está na área de cuidados, com novos casos etc. Outro detalhe importante é que se a pessoa teve risco de ser contaminado, faz o exame para descobrir. Compartilhar a informação eleva a eficiência no combate. Consegue saber quem está com o vírus e trata. Um detalhe: o QR Code indica se a pessoa está em área de risco. Mas ela só. faz o exame se for necessário, para não sobrecarregar o sistema. Em resumo: precisa ter coordenação para evitar e gerir estes riscos."
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A espera pela vacina:
"A vacina está ocorrendo desde outubro de 2020 em militares, agentes do governo na área de diplomacia e funcionários de aeroportos por serem os grupos com maior interface com o exterior. Em cidades onde têm muita entrada de estrangeiros, como na fronteira, a vacinação mais ampla começou no fim do ano. O governo chinês também divulgou que vai ter vacina de graça para todos. Mas isso não tem sido uma preocupação, pois, reforço: há a consciência de que não dá para vencer o vírus sozinho. Ou seja, não dá para combater só aqui dentro, pousem algum momento pode voltar se o mundo ainda estiver nesta guerra."
Usar máscara até quando:
"O uso da máscara não causa desconforto e se tem a clareza de que vai se usar por quanto tempo precisar. A percepção é que será uma medida para muitos anos. O pensamento do chinês é lutar até quando precisar."
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