O Uruguai intensificou as barreiras sanitárias no acesso de Santana do Livramento, em território gaúcho, e Rivera, na fronteira do Brasil com o vizinho uruguaio. A medida foi acionada após a confirmação de novos casos de Covid-19 na cidade uruguaia, território de free shops, que atraem muitos turistas.
Militares do país adotaram neste sábado (24) a aferição de temperatura em quem acessa de carro a cidade. Apenas casos que apresentam indicação de febre ou sintomas gripais não entram. Brasileiros só podem entrar para compras nas lojas. Não é permitido fazer turismo no Uruguai. A proibição de ingresso de brasileiros vale para todos os modais - terrestre, hidroviário e aéreo desde março, no começo da pandemia.
Segundo o Ministério de Saúde Pública uruguaio, foram confirmados 21 casos do novo coronavírus em Rivera entre sexta-feira (23) e este sábado. A cidade é a segunda em mais casos, atrás apenas da capital Montevidéu.
Em todo o país, foram 107 novos registros em dois dias. O Uruguai soma 2,8 mil casos em sete meses de pandemia, com 53 mortes. Somente o Rio Grande do Sul já ultrapassou 234 mil casos, com 5.581 óbitos.
Santana do Livramento tem quase 600 casos e seis mortes desde março. O município tem bandeira laranja e aparece no mapa preliminar com a mesma cor, indicando risco médio. Nessa sexta-feira, foram dois novos casos.
A Argentina anunciou que vai
liberar o tráfego aéreo com o Brasil a partir de 2 de novembro. A medida engloba ainda Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile. No caso do Uruguai, vai ser possível usar a conexão de barco pelo serviço Buquebus, que liga Montevidéu e Sacramento a Buenos Aires.
O fluxo brasileiro ao Uruguai
pode ser liberado em dezembro. Manifestações de autoridades do país em recente reunião com o governo gaúcho e Assembleia Legislativa sinalizam para este prazo.