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Coronavirus

- Publicada em 17 de Julho de 2020 às 19:47

Marchezan aborda situação da saúde e pede ampliação do isolamento social

Estrutura hospitalar chegou ao limite em Porto Alegre, reforçou Marchezan

Estrutura hospitalar chegou ao limite em Porto Alegre, reforçou Marchezan


Silvio Avila/AFP/JC
Fernanda Crancio
Ao anunciar que Porto Alegre corre o risco de entrar em lockdown na próxima semana, caso os índices de isolamento social não aumentem e as internações hospitalares em UTI não diminuam, o prefeito Nelson Marchezan Junior disse que a estrutura hospitalar chegou ao limite na cidade e que a circulação de pessoas e as atividades devem ser emergencialmente reduzidas.
Ao anunciar que Porto Alegre corre o risco de entrar em lockdown na próxima semana, caso os índices de isolamento social não aumentem e as internações hospitalares em UTI não diminuam, o prefeito Nelson Marchezan Junior disse que a estrutura hospitalar chegou ao limite na cidade e que a circulação de pessoas e as atividades devem ser emergencialmente reduzidas.
O prefeito destacou que reuniu-se com lideranças empresariais e do setor da saúde para avaliar a situação e que o momento exigia reflexão. Segundo ele, a cidade tem atualmente 260 leitos ocupados por pacientes com Covid-19 e 41 com suspeitos de terem a doença. "São 300 leitos, quase 40% de todos os leitos de Porto Alegre ocupados por paciente de Covid, uma única demanda", disse.
Apesar disso, ressaltou que a cidade  é a segunda capital em leitos de UTI na proporção por habitantes, e que não faltam leitos, e que o momento era de "desmistificar pautas que não contribuem em nada para o enfrentamento do coronavírus".
Entre essas pautas, elencou que Porto Alegre avançou na oferta até o limite, diante da alta demanda, mas que não há falta de leitos. "Há um limite para essa oferta e chegamos muito perto desse limite. Todos os hospitais chegaram aos seus limites. Não houve até agora nenhuma pessoa de Porto Alegre ou de fora sem receber atendimento adequado, sem acesso a serviços intensivos de saúde" Segundo ele, é preciso desmistificar o fato de que uma superoferta de leitos de UTI "nos daria vida normal, como se o vírus não existisse" ou a não necessidade de restrição de atividades.
Outra assunto a ser esclarecido é o fato de que pessoas de fora da Capital estariam superlotando os leitos. Marchezan lembrou que a cidade tem o compromisso de atender a outros municípios, mas que metade da capacidade é disponível a pacientes de fora de Porto Alegre. "Neste momento, 60% dos leitos são ocupados por pessoas de Porto Alegre", disse.
A existência de medicamentos capazes de controlar a propagação da Covid-19 também foi desmentida. "Em nenhuma cidade do mundo a utilização de qualquer remédio foi suficiente para evitar a circulação de pessoas e a demanda por leitos", disse Marchezan. Ele também reforçou que não existe nenhum gestor público capaz de receitar remédios como política pública e que cabem aos profissionais médicos essa tarefa.
Sobre a ineficiência dos protocolos de proteção, como uso de EPIs, álcool gel, foi taxativo: "Não são suficientes para, sozinhos, evitarem a contaminação e superlotação das estruturas hospitalares". Por fim, falou sobre a testagem realizada na população, apontada como forma de reduzir a pandemia. "Esse também não é obstáculo nem pauta a ser tratada como um dos nossos problemas atuais", destacou, explicando que a política de testagem na cidade tem avançado muito e sendo ampliada de acordo com o avanço da doença, desde os primeiros casos, em março.
Ao falar da necessidade de os porto-alegrenses se comprometerem mais com o isolamento, disse que será necessário restringir ainda mais as atividades. "A velocidade (da Covid) continua acelerada, desde junho não conseguimos reduzir, porque, infelizmente, as medidas não foram capazes de evitar a circulação das pessoas. E cada vez que há circulação na cidade, faz o vírus circular pelas pessoas. O limite é o lockdown, chegamos ao nosso limite", enfatizou, apelando para a compreensão e colaboração da população.
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