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Coronavirus

- Publicada em 07 de Julho de 2020 às 17:03

Transmissão do coronavírus volta a acelerar no Brasil e completa quase um trimestre sem controle

Como a taxa está acima de 1, a doença se espalha cada vez mais rápido, em vez de recuar

Como a taxa está acima de 1, a doença se espalha cada vez mais rápido, em vez de recuar


Camila Surian/Arte/JC
Na semana em que o presidente Jair Bolsonaro revelou que contraiu o coronavírus, a transmissão do patógeno no Brasil voltou a acelerar e completou quase um trimestre sem controle, segundo cálculos do centro de análise de doenças infecciosas do Imperial College, um dos mais respeitados do mundo em acompanhamento de epidemias.
Na semana em que o presidente Jair Bolsonaro revelou que contraiu o coronavírus, a transmissão do patógeno no Brasil voltou a acelerar e completou quase um trimestre sem controle, segundo cálculos do centro de análise de doenças infecciosas do Imperial College, um dos mais respeitados do mundo em acompanhamento de epidemias.
A taxa de contágio, que indica para quantas pessoas em média cada infectado transmite o coronavírus, subiu de 1,03 para 1,11. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas pelo coronavírus transmitem o patógeno para 111, em vez de para 103, como na semana anterior.
Como a taxa está acima de 1, a doença se espalha cada vez mais rápido, em vez de recuar. Os 111 contaminados a transmitem para outros 123,21, que por sua vez infectam mais 136,76, disseminando o vírus com velocidade crescente. É a 11ª semana seguida em que a taxa brasileira fica acima de 1.
Na América do Sul, além do Brasil, quatro outros países apresentam taxa acima de 1: a Argentina, que caiu de 1,37 para 1,13, a Colômbia, que desceu de 1,45 para 1,19, e a Bolívia, que subiu de 1,23 para 1,5. O Equador aparece com 1,39.
Outros dois mostram velocidade decrescente de contágio: Peru, com 0,99, e Chile, onde a taxa caiu de 0,87 para 0,75.
O centro acompanha os países considerados com transmissão ativa, ou seja, que tiveram ao menos 100 mortes por coronavírus desde o começo da pandemia e ao menos 10 mortes em cada uma das duas últimas semanas. No momento, eles são 56, dos quais 33 tem taxa de contágio acima de 1.
O Imperial College usa o número de mortes como base; como a taxa de contágio (também chamada de Rt) se refere ao momento de infecção, o impacto de eventuais medidas de prevenção aparece em cerca de duas semanas.
Com base no número de mortes relatadas, a universidade britânica também calcula que o número de brasileiros que contraíram o coronavírus seja mais que o dobro do confirmado, chegando a cerca de 4,8 milhões.
Para estimar esse número, os cientistas partem da premissa de que as mortes equivalem a 1,38% dos casos relatados 14 dias antes.
Para um total de 65,5 mil mortes registradas até esta quarta (1º), a conta indica que haveria mais de 4,754 milhões de pessoas infectadas pelo vírus do começo da pandemia até duas semanas atrás.
Nos cálculos dos cientistas, o número de mortes por coronavírus no Brasil deve ser de 8.200 na semana que começou em 5 de julho, indicando um novo aumento em relação à semana anterior.
O número de óbitos estimados é o maior entre os 56 países acompanhados pelo Imperial College nesta semana. Em segundo lugar vem o México, com 4.000.
folhapress
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