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Coronavirus

- Publicada em 19 de Maio de 2020 às 21:01

Coronavírus: Estudo vê pico nesta semana e estabilidade em julho

Projeção leva em consideração o quadro atual de isolamento social

Projeção leva em consideração o quadro atual de isolamento social


MARCO QUINTANA/JC
O pico da pandemia de Covid-19 deve ocorrer nesta semana no Brasil, de acordo com um modelo matemático feito por pesquisadores da Coppe/UFRJ, Marinha do Brasil e Universidade de Bordeaux, na França. Ainda segundo o modelo, o número de registros deve começar a se estabilizar no fim do mês de julho, quando alcançar um patamar de 370 mil. Este número pode chegar a 1 milhão, se forem levados em consideração os casos não reportados.
O pico da pandemia de Covid-19 deve ocorrer nesta semana no Brasil, de acordo com um modelo matemático feito por pesquisadores da Coppe/UFRJ, Marinha do Brasil e Universidade de Bordeaux, na França. Ainda segundo o modelo, o número de registros deve começar a se estabilizar no fim do mês de julho, quando alcançar um patamar de 370 mil. Este número pode chegar a 1 milhão, se forem levados em consideração os casos não reportados.
A projeção foi feita para o jornal o Estado de São Paulo e tem por base o quadro atual de isolamento, medidas de higiene e capacidade de testagem. Ou seja, se tudo continuar como está, o País chegará à fase de platô em cerca de um mês.
Entretanto, frisam os cientistas, o mais provável é que as medidas de distanciamento sejam relaxadas e o número de testes realizados aumente, o que deve empurrar um pouco para frente a estabilização da doença e ampliar ainda mais o número de casos.
"Depois do pico, o número de casos acumulados continua crescendo, ele não para de crescer, mas o País vai reportando cada vez menos ocorrências, e a curva começa a mostrar uma tendência de queda", explica o pesquisador Renato Cotta, professor titular da Coppe/UFRJ e consultor técnico da Marinha. "Se tivéssemos o cenário de hoje congelado, chegaríamos ao dia 150 da pandemia, em 18 de julho, com 368 mil casos."
O modelo não calcula o número de mortes, mas a mortalidade no Brasil está em 6,7% - o que nos levaria a um total de pelo menos 25 mil mortes até o fim de julho.
Como há muitas variáveis, os cientistas são cautelosos com as previsões. O número oficial de casos depende diretamente da quantidade de testes de diagnóstico disponíveis, e pode ter alterações significativas, de acordo com as medidas de isolamento adotadas.
"A testagem está aumentando, estamos em 3,5 milhões de testes feitos e devemos chegar a 10 milhões nas próximas semanas", diz Cotta, acrescentando que, com isso, o número de casos reportados forçosamente aumentará. "Além disso, há o afrouxamento da quarentena, seja involuntariamente ou por decreto, que vai fazer com que o número de casos aumente."
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