Com a mudança de
classificação de risco do Vale do Taquari de bandeira vermelha para laranja no modelo de distanciamento controlado do governo do Estado, a prefeitura de Lajeado publicou decreto na noite desse domingo (18) retomando as atividades econômicas já nesta segunda-feira (19). A mudança de status foi justificada pela melhora em dois indicadores de velocidade do avanço de coronavírus: número de casos semanais e variação no número de internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em UTI. O crescimento de número de casos semanais caiu de 20% para 17%, e a variação no número de internados por SRAG em UTI também reduziu em 7%.
O decreto do prefeito Marcelo Caumo, válido até o dia 24 de maio, permite o funcionamento de todas as atividades que estavam fechadas ou parcialmente paralisadas, desde que dentro das especificações definidas para a bandeira laranja. A cidade estava com a bandeira vermelha desde o dia 30 de abril, devido ao aumento de casos de pessoas contaminadas com Covid-19, especialmente relacionados com funcionário dos frigoríficos da BRF e Minuano.
Em Lajeado, o decreto municipal apresenta algumas restrições a mais do que é previsto para as áreas de bandeira laranja. O consumo de bebidas alcoólicas nas ruas e espaços públicos está proibido, bem como sua venda e consumo em lojas de conveniência, food trucks, trailers e lancherias. Também está vedado a todo e qualquer estabelecimento a colocação de mesas e cadeiras no passeio público.
Além disso, bares, lancherias e food trucks localizados na rua Carlos Spohr Filho, no trecho entre a rua Francisco Oscar Karnal até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) somente poderão atender ao público no turno da manhã, devendo após às 13h atender, exclusivamente, por telentrega ou take away. Mercados e açougues neste mesmo trecho só poderão atender ao público das 12h30 às 17h de segunda a sexta-feira.
A gratuidade do transporte público aos idosos em Lajeado será entre 09h e 11h30 e das 14h às 16h30.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lajeado, Aquiles Mallmann, a mudança de status é motivo de comemoração para empresários e população da cidade. Segundo Mallmann, pesquisa entre os associados da CDL mostrou que o faturamento das lojas chegou a cair de 65% a 70% durante o período em que as portas se mantiveram fechadas. "Houve demissões e sabemos que empresas tiveram que encerrar atividades. Além disso, outras estão fazendo uso da MP 936 (que dá auxílio para fazer suspensão de contratos e corte de jornada e salários), e algumas lojas estão migrando de salas comerciais, saindo de ruas principais para outros endereços com aluguel mais barato", destaca o dirigente.
Diante da possível retração do público para retornar ao comércio, Mallmann afirma que as entidades empresariais da cidade farão uma campanha voltada a trazer o "otimismo" para a população. "Já temos um grande percentual de casos curados, e o número de confirmados por dia vem caindo muito. O pico já passou, agora precisamos retomar atividades, mas respeitando todos os regramentos sanitários e de distanciamento social, como o uso de máscaras, para não afrouxar a segurança e contribuir para o combate ao Covid-19", afirma o presidente da CDL
Confira o que pode funcionar na bandeira laranja e quais as condições:
- Casas noturnas, bares, pubs e eventos: fechados
- Academias: pode operar com 25% dos trabalhadores
- Clubes sociais, esportivos e similares: fechados
- Reparação e manutenção de objetos e equipamentos: pode operar com 50% dos trabalhadores seguindo protocolos.
- Serviços de higiene pessoal (cabeleireiros e barbeiros): podem operar com 25% dos trabalhadores.
- Bancos, lotéricas e similares: podem operar com 75% dos trabalhadores.
- Missas e serviços religiosas: podem ocorrer com 25% do público.
- Imobiliárias e similares: pode operar com 50% dos trabalhadores.
- Serviços de advocacia, contabilidade, consultoria e similares: pode operar com 50% dos trabalhadores.
- Manutenção e reparação de veículos: pode operar com 50% dos trabalhadores.
- Comércio atacadista não essencial (rua): pode operar com 50% dos trabalhadores.
- Comércio varejista não essencial (rua): pode operar com 50% dos trabalhadores.
- Centros comerciais e shoppings: pode operar com 50% dos trabalhadores e 50% da capacidade de público.
- Comércio Varejista de Produtos Alimentícios: pode operar com 75% dos trabalhadores.
- Comércios varejistas e atacadistas de serviços essenciais: podem operar com 75 % dos trabalhadores.
- Construção Civil: pode operar com 50% dos trabalhadores.
- Restaurantes a la carte, lanchonetes e Padarias: podem operar de forma presencial, com 50% dos trabalhadores
- Restaurantes buffet: fechados
- Hotéis e similares: podem operar com 50% dos quartos