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Coronavirus

- Publicada em 27 de Abril de 2020 às 18:20

Leite cogita prolongar atual decreto até fechar novo tipo de distanciamento

Passo Fundo, que tem aumento de casos e mortes, deve ser alvo de maiores restrições, disse Leite

Passo Fundo, que tem aumento de casos e mortes, deve ser alvo de maiores restrições, disse Leite


GUSTAVO MANSUR/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
O novo tipo de distanciamento que o Rio Grande do Sul deve estrear em maio pode demorar mais tempo para entrar em vigor. O adiamento foi admitido pelo governador Eduardo Leite, durante vistoria ao Hospital Regional de Santa Maria, que vai começar a funcionar após repasse de empresários e dos governos estadual e federal. Leite também adiantou que regiões como de Passo Fundo e Lajeado, que vêm tendo mais casos de Covid-19, poderão ter medidas mais restritivas.
O novo tipo de distanciamento que o Rio Grande do Sul deve estrear em maio pode demorar mais tempo para entrar em vigor. O adiamento foi admitido pelo governador Eduardo Leite, durante vistoria ao Hospital Regional de Santa Maria, que vai começar a funcionar após repasse de empresários e dos governos estadual e federal. Leite também adiantou que regiões como de Passo Fundo e Lajeado, que vêm tendo mais casos de Covid-19, poderão ter medidas mais restritivas.
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O atual decreto vence em 30 de abril e manteve fechado o comércio na Região Metropolitana e determinou mais rigor a ser aplicado nas demais cidades, que adotam redução de pessoal nas lojas e uso de protetores. No novo modelo, chamado de distanciamento controlado, haverá indicadores e sistema de bandeiras com cores que vão sinalizar, com base em dados de internações e registros de casos, como será a ação em 21 regiões. 
"Serão 21 regiões no Estado. Elas poderão ter mais ou menos restrições de acordo com os indicadores, no local e momento adequado", resumiu o governador. "Estamos trabalhando para ter isso para suceder o decreto (atual). Pode não dar (tempo) para 1º de maio, mas será na primeira semana. Precisa fechar e pactuar com as regiões, negociar com as prefeituras e os setores econômicos para promover o engajamento da população", listou Leite.
Diante desse quadro a ser construído, como destacou ele, "poderá demorar mais", sobre o novo modelo, "estendendo o atual decreto", projetou o governador, que fez a atualização das regras em 15 de abril. Dois indicadores serão decisivos para alicerçar o novo sistema: a ocupação de leitos de UTI e a transmissão da doença.   
Um dos lastros para fazer o novo planejamento para a partir de maio será o resultado da segunda rodada da pesquisa da UFPel, com testagem e pesquisa com a população para encontrar a prevalência da Covid-19. O levantamento e aplicação de testes rápidos ocorreram no fim de semana. 
Sobre algumas medidas que devem ser definidas até antes do novo decreto, Leite citou mais restrições que poderão ser adotadas nas cidades de Passo Fundo e Lajeado, que enfrentam, no caso da primeira, surto de Covid-19, e a segunda pelo nível de ocupação de leitos de UTI. Passo Fundo hoje é a segunda em casos, com 102 registros até esta segunda-feira (27). Lajeado tem 51 e está em terceiro lugar em casos. 
"Vamos tratar dentro do distanciamento eventuais maiores restrições, se for necessário", adianta Leite.
Passo Fundo sofre com a contaminação que foi disseminada a partir de registros em um frigorífico da JBS, interditado na sexta-feira (24). Também um asilo na cidade tem 18 residentes com a doença, alguns internados já em hospitais. 
"Estamos em processo de migração para novo modelo de distanciamento, mas nestas duas regiões talvez seja necessário antecipar medidas de maior distanciamento, não aguardando a entrada em vigor de novo decreto. Vamos ter de ajustar com os prefeitos um distanciamento mais profundo e restrito", projetou o governador. A incidência no frigorífico e no asilo está entre as razões. 
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) prepara duas medidas para intensificar as medidas sanitárias nas plantas frigoríficas e em lares de idosos e outras instituições similares. 
Para os frigoríficos, a titular da pasta, Arita Bergmann, diz que uma portaria que está sendo formulada vai estabelecer regras mais duras para a operação das unidades que processam alimentos. Os frigoríficos não tiveram interrupção das atividades por se tratar de um segmento essencial. 
Arita diz que apresentará a proposta de minuta nesta terça-feira (28) ao comitê de crise da Covid-19, que é coordenado elo governador. Segundo ela, a portaria vai normatizar as relações nas indústrias e especialmente nos frigoríficos. "Os frigoríficos terão portaria especifica com regras de cuidados", indicou a secretária. Arita deve fazer uma videoconferência com entidades do setor no fim da tarde desta terça. 
Para os asilos, ela disse que uma nota técnica vai tornar mais rígidas as regras para visitas aos locais. A intenção, diz a secretária, é aumentar a proteção aos idosos e evitar contaminação. Pessoas com mais de 60 anos fazem parte do grupo de risco da Covid-19.   
Sobre a ampliação da estrutura hospitalar, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, disse que enfrenta dificuldades para comprar mais vagas em UTI. Licitações para compra de leitos em estabelecimentos, segundo ela, indicam que os candidatos a fornecer não conseguiriam entregar no prazo pedido. "Ficamos frustrados", admitiu ela. 
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