Passados 30 dias desde que chegou aos 100 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19), Porto Alegre parece ter controlado a propagação das contaminações pela doença. Ao menos é isso o que indica o quadro de ocupação de leitos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) na Capital. Sem uma testagem ampla da população, o acompanhamento da situação nas UTIs tem sido usado como meio de controle do cenário da pandemia.
Nesta terça-feira, os hospitais da cidade tinham 68,4% de seus leitos intensivos ocupados - 455 pacientes ocupando 665 leitos. Desses, 31 (30 adultos e uma criança) eram de casos confirmados de Covid-19. Além disso, outras 29 pessoas (23 adultos e seis crianças) com suspeita do novo coronavírus também estavam hospitalizadas em UTIs.
Conforme boletim epidemiológico da prefeitura, a Capital atingiu o ápice de pessoas em UTIs em razão da Covid-19 no dia 10 de abril, quando haviam 43 pessoas com diagnóstico confirmado internadas. De lá para cá, o número caiu e não passou mais de 40. Nos últimos quatro dias, o total vem em queda, passando de 40, no sábado, para 31, nesta terça-feira.
Em comparação com 2019, a Capital teve um salto neste ano nos atendimentos de pacientes por síndrome gripal e outras condições respiratórias nas Unidades Básicas de Saúde e nos Pronto Atendimentos. Nos meses de março e abril do ano passado, foram realizados 12.379 atendimentos. Neste ano, faltando ainda uma semana para terminar o mês de abril, já são 15.987 - um aumento de quase 30%, o que reflete o impacto do novo coronavírus na rede de saúde pública.