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Coronavirus

- Publicada em 16 de Abril de 2020 às 21:00

Grávidas passam a fazer parte do grupo de risco da Covid-19

Gestantes estão mais suscetíveis ao H1N1 e o risco para o coronavírus é semelhante

Gestantes estão mais suscetíveis ao H1N1 e o risco para o coronavírus é semelhante


ANTHONY WALLACE/AFP/JC
Gabriela Porto Alegre
Apesar de não haver estudos conclusivos sobre o impacto da Covid-19 em gestantes e puérperas, o Ministério da Saúde incluiu, esta semana, grávidas e mães que tiveram filhos nos últimos 45 dias no grupo de risco do novo coronavírus. Essa inclusão levou em consideração a ação de outros coronavírus e vírus gripais, já conhecidos e estudados, como a influenza.
Apesar de não haver estudos conclusivos sobre o impacto da Covid-19 em gestantes e puérperas, o Ministério da Saúde incluiu, esta semana, grávidas e mães que tiveram filhos nos últimos 45 dias no grupo de risco do novo coronavírus. Essa inclusão levou em consideração a ação de outros coronavírus e vírus gripais, já conhecidos e estudados, como a influenza.
Em nota técnica, a pasta da Saúde informou: "As gestantes e puérperas são mais vulneráveis a infecções e, por isso, estão nos grupos de risco do vírus da gripe. Estudos científicos apontam que a fisiopatologia do vírus H1N1 pode apresentar letalidade nesses grupos associados à história clínica de comorbidades dessas mulheres. Sendo assim, para a infecção pela Covid-19 o risco é semelhante pelos mesmos motivos fisiológicos, embora ainda não tenha estudo específico conclusivo".
De acordo com o chefe do Serviço de Gineco-Obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento, Marcos Wengrover Rosa, apesar de ainda não se ter estudos conclusivos sobre impacto do novo coronavírus em gestantes e puérperas, é imprescindível que essas mulheres redobrem a atenção com a saúde. "No caso do H1N1, as gestantes tinham uma maior possibilidade de ter um prognóstico ruim. No caso da Covid-19, não temos ainda um pior prognóstico em relação à gestação e ao parto. Como os sintomas das doenças são semelhantes, é importante que essas mulheres se previnam fazendo a vacina da gripe, porque é importante ter um diagnóstico preciso", explica.
Quantos aos cuidados, o médico reforça que são os mesmos recomendados à população em geral, como higienização das mãos, utilização de álcool gel 70% quando não puder lavar as mãos com água e sabão, e etiqueta respiratória. Além disso, Rosa explica que, de acordo com o CDC, agência norte-americana de controle e prevenção de doenças, não há registros de que a Covid-19 possa ser transmitida da mãe para o filho através do cordão umbilical ou da amamentação.
"Para o CDC e para a Organização Mundial da Saúde não existem evidências de que possa ocorrer transmissão durante a gravidez. O que pode acontecer é no período pós-parto uma mãe infectada pela doença não seguir os protocolos de higiene e etiqueta respiratória e acabar contaminando a criança." Por isso, o médico recomenda que durante o ato de amamentar, as mães utilizem máscaras de proteção a fim de evitar que gotículas de saliva caiam sobre o bebê. Assim como também recomenda a higienização das mãos e do seio. "A transmissão se dá através das vias comuns, ou seja, através da via respiratória. Por isso a importância de seguir o protocolo de higiene."
A vacina contra influenza, conforme enfatiza Rosa, apesar de não proteger contra a Covid-19, protege contra o H1N1, o qual se tem registro do prognóstico negativo envolvendo gestantes e puérperas. "A vacina contra a influenza é amplamente oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para as mulheres que compõem este grupo, então a recomendação, além dos cuidados com a higiene, é de que busquem ser imunizadas contra este vírus, que têm sintomas semelhantes aos da Covid-19."
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