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Coronavirus

- Publicada em 12 de Abril de 2020 às 20:28

Países estudam saída da quarentena sem novo surto de coronavírus

Na Áustria, pequenos estabelecimentos podem reabrir a partir de hoje

Na Áustria, pequenos estabelecimentos podem reabrir a partir de hoje


/JOHANN GRODER/APA/AFP/JC/AFP/JC
Países do mundo todo estudam protocolos para afrouxar o isolamento e reativar a economia, mesmo com a pandemia de coronavírus ainda em expansão. Nas discussões, o problema que todos enfrentam é o mesmo: não há um plano-padrão. Agora, a missão dos governos será retomar a atividade econômica sem desencadear uma segunda onda de infecções, que provocaria nova quarentena e mais prejuízos.
Países do mundo todo estudam protocolos para afrouxar o isolamento e reativar a economia, mesmo com a pandemia de coronavírus ainda em expansão. Nas discussões, o problema que todos enfrentam é o mesmo: não há um plano-padrão. Agora, a missão dos governos será retomar a atividade econômica sem desencadear uma segunda onda de infecções, que provocaria nova quarentena e mais prejuízos.
A história serve como alerta: a gripe espanhola, que infectou um quarto da população mundial e matou milhões de pessoas entre 1918 e 1920, foi e voltou várias vezes e só foi contida após a terceira onda. Por enquanto, todos os olhos estão voltados para a cidade de Wuhan, na China, origem do surto atual, onde esta semana a quarentena de 76 dias foi suspensa.
"Temos de reabrir de alguma forma", disse Michael Osterholm, diretor do Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas da Universidade de Minnesota. "Se ficarmos tanto tempo fechados, como Wuhan, destruiremos a sociedade como a conhecemos."
A reabertura, no entanto, exigiria exames para identificar anticorpos e determinar as comunidades menos afetadas. "Por enquanto, esses testes não estão validados na maioria dos países", disse David Heymann, professor de epidemiologia da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. "Até que estejam disponíveis, será um jogo de adivinhação."
Por isso, especialistas recomendam ações graduais e pedem que as autoridades estejam preparadas para contratempos em um processo que pode durar meses. Em Wuhan, embora carros, trens e aviões tenham voltado a operar, moradores, por exemplo, precisam provar que estão indo para o trabalho para poder sair de casa. Autoridades dizem que o vírus está sob controle, mas continuam cautelosas, temendo um novo surto.
Na Ásia, o risco de uma segunda onda é real. Singapura e Hong Kong foram forçados a adotar novas restrições, o que mostra que mesmo países que tiveram sucesso inicial em conter o surto têm pouco espaço para complacência.
A preocupação é que, por mais que a taxa de infecção caia, na ausência de uma vacina, o vírus voltará assim que o isolamento for suspenso. Por isso, nos EUA, um grupo de especialistas criou um roteiro de abertura gradual, que pede um estágio intermediário no qual escolas e empresas reabram, mas as reuniões ainda sejam limitadas. Se os casos começarem a subir de novo, restrições seriam impostas novamente.
Foi essa a abordagem escolhida pela Áustria. Lojas de ferragens e de jardinagem, além de pequenos estabelecimentos, poderão abrir nesta segunda-feira (13). A partir de 1º de maio, a permissão se estende a todos os varejistas. Dinamarca e Noruega também planejam reduzir gradualmente as restrições, começando com a reabertura de escolas, mas mantendo o veto a aglomerações em locais públicos.
Mas abrir economias relativamente pequenas, como Noruega e Áustria, é mais fácil do que fazer a engrenagem rodar em países do G-20. Na Itália, o governo já sinalizou que as atividades de algumas empresas poderão voltar a partir da semana que vem. Se a situação continuar melhorando, algumas lojas poderão reabrir no início de maio, mas bares e restaurantes permanecerão fechados.
Com aviões comerciais presos em solo, cadeias de suprimentos rompidas e fábricas ociosas, a economia global de US$ 90 trilhões sofre o pior choque desde a Grande Depressão, quando o PIB mundial caiu cerca de 15%, entre 1929 e 1932. Mas, infelizmente, segundo especialistas, não há um mapa do caminho que os governos posam usar para decidir quando e como pisar no acelerador após uma interrupção tão abrupta das atividades econômicas, especialmente quando a retomada coloca em risco a vida de mais pessoas.
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