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Coronavirus

- Publicada em 09 de Abril de 2020 às 20:41

Coronavírus: Mais da metade dos 22,9 milhões de testes não tem data para chegar

Apenas 904.872 unidades já foram entregues, sendo 500 mil unidades do teste rápido

Apenas 904.872 unidades já foram entregues, sendo 500 mil unidades do teste rápido


MS/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
A crise no fornecimento de testes para checar as contaminações pelo novo coronavírus não dá trégua. O planejamento do Ministério da Saúde conta com 22,9 milhões de testes, adquiridos ou doados, incluindo os testes moleculares, que são mais precisos no resultado, e os testes rápidos (sorológicos). Ocorre que, até agora, só há previsão de entrega para 9,183 milhões. Para as demais 13,7 milhões de unidades, o prazo é uma incógnita.
A crise no fornecimento de testes para checar as contaminações pelo novo coronavírus não dá trégua. O planejamento do Ministério da Saúde conta com 22,9 milhões de testes, adquiridos ou doados, incluindo os testes moleculares, que são mais precisos no resultado, e os testes rápidos (sorológicos). Ocorre que, até agora, só há previsão de entrega para 9,183 milhões. Para as demais 13,7 milhões de unidades, o prazo é uma incógnita.
A informação é da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. O boletim da Covid-19 desta quinta-feira, 9, informa ainda que, desses 9,183 milhões de testes com programação de entrega confirmada, apenas 904.872 unidades já foram entregues, sendo 500 mil unidades do teste rápido e 404.872 unidades do teste molecular, também conhecido pela sigla RT-PCR. A remessa integral só deve ser concluída no fim de julho.
Na prática, o ministério recebeu apenas 9,9% desta parcela de testes com entrega programada. Em abril, a previsão é de que mais 525 mil testes moleculares serão entregues. Três remessas de 1 milhão de testes cada estão programadas para maio, junho e julho.
O Ministério da Saúde detectou "limitações importantes" nos 500 mil testes rápidos doados pela mineradora Vale, fabricados na China, e pediu cautela a gestores do SUS ao aplicar o produto. A desconfiança do governo federal surgiu após análise de qualidade de um laboratório privado, feita a pedido da pasta, apontar 75% de chance de erro em resultados negativos para o novo coronavírus.
O porcentual de erro cai para 14% em exames positivos, ou seja, que apontam a infecção, mas mesmo assim o governo sugeriu que o produto seja aplicado apenas em pessoas que apresentam sintomas da Covid-19 há ao menos 7 dias para evitar diagnóstico falso.

Distanciamento

Os testes em massa da população são uma necessidade vital para que o setor de saúde do País, público e privado, se planeje e organize minimamente uma estrutura capaz de atender os pacientes com suprimentos, estrutura de leitos e apoio médico. A avaliação técnica do Ministério da Saúde continua a mostrar que o Brasil não está com nenhuma condição adequada neste momento, envolvendo insumos médicos, estrutura hospitalar e capacidade de atendimento.
Por causa dessa situação, o Ministério da Saúde continua a defender o "distanciamento social ampliado" adotado pela maior parte dos Estados, apesar o presidente Jair Bolsonaro pedir reiteradamente a flexibilização das quarentenas.
"As Unidades da Federação que implementaram medidas de distanciamento social ampliado devem manter essas medidas até que o suprimento de equipamentos (leitos, EPI, respiradores e testes laboratoriais) e equipes de saúde (médicos, enfermeiros, demais trabalhadores de saúde e outros) estejam disponíveis em quantitativo suficiente, de forma a promover, com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo", declara o Ministério da Saúde.
"As estratégias de distanciamento social adotadas pelos Estados e municípios, contribuem para evitar o colapso dos sistemas locais de saúde, como vem sendo observado em países desenvolvidos como EUA, Itália, Espanha, China e recentemente no Equador", afirma o boletim. "Essas medidas temporárias permitem aos gestores tempo relativo para estruturação dos serviços de atenção à saúde da população, com consequente proteção do Sistema Único de Saúde."
O ministério lembra que "não há possibilidade de evitar a epidemia", mas há estratégias "para diminuir o pico epidêmico em número de casos e distribuí-los ao longo do tempo a fim de preparar o sistema de saúde".
Até ontem, o Brasil registrava 15.927 casos de contaminação e 800 mortos pela covid-19. As estimativas são de que haja uma subnotificação entre sete e nove casos de contaminação para aqueles são oficialmente conhecidos.
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