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Indústria

- Publicada em 08 de Abril de 2020 às 03:00

Indústria gaúcha exporta 25,7% a menos no trimestre

Um dos segmentos de maior queda foi tabaco, com -40%

Um dos segmentos de maior queda foi tabaco, com -40%


/SINDITABACO/DIVULGAÇÃO/JC
As exportações industriais do Rio Grande do Sul tiveram queda de 18% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que contribuiu para que as vendas externas do setor fechassem o primeiro trimestre em forte retração: atingiram US$ 2,4 bilhões, redução de 25,7% em relação ao mesmo período de 2019. O resultado, porém, ainda carrega pouco da influência da crise provocada pelo coronavírus, que se intensificou a partir de março. "Precisamos ver como as exportações irão se comportar nos próximos meses, por conta da queda na produção das indústrias e pelas medidas restritivas impostas por muitos países", afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry.
As exportações industriais do Rio Grande do Sul tiveram queda de 18% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que contribuiu para que as vendas externas do setor fechassem o primeiro trimestre em forte retração: atingiram US$ 2,4 bilhões, redução de 25,7% em relação ao mesmo período de 2019. O resultado, porém, ainda carrega pouco da influência da crise provocada pelo coronavírus, que se intensificou a partir de março. "Precisamos ver como as exportações irão se comportar nos próximos meses, por conta da queda na produção das indústrias e pelas medidas restritivas impostas por muitos países", afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry.
Mas o desempenho anual reflete também o resultado muito ruim observado em janeiro, quando as exportações industriais do Estado recuaram 39,7%. No trimestre, as quedas mais acentuadas das vendas do setor no Estado foram para China (-51,2%) e Estados Unidos (-27,1%). O grupo de produtos mais exportado até agora foi carne (US$ 452 milhões), seguido de soja (US$ 350 milhões). Em segmentos, Alimentos (21,2%) ocupou a primeira posição na pauta do Estado, seguido de Tabaco (-39,2%) e Químicos (-34,2%), que apesar das quedas mantiveram a segunda e terceira posição e juntos representaram 23% da pauta.
Na análise mensal por setores, dos 23 segmentos da indústria de transformação que tiveram algum embarque em março, 17 caíram, especialmente Tabaco (-40,1%), Químicos (-44,8%), Couros e calçados (-17,2%) e Celulose e papel (-42,6%). O setor de Químicos é reflexo das menores vendas para China (-82,3%) e Estados Unidos (-64,4%), com maior impacto em produtos de plástico (-22,6%). A queda em Tabaco ainda carrega o resultado do período entre agosto e novembro de 2019.
Mais uma vez, Alimentos voltou a acelerar em relação aos primeiros meses do ano e cresceu 32% na comparação com março do ano passado, configurando a nona variação positiva. Carne de frango congelada, fresca ou refrigerada ( 74,6%) e carne de suíno congelada, fresca ou refrigerada ( 100,6%) são responsáveis pelo desempenho do setor. Mesmo com a pandemia, os embarques do setor para China continuam fortes. Na comparação com março de 2019, as exportações para o país cresceram 569,1%, sendo as carnes de suíno e frango os itens mais exportados da indústria gaúcha. Em relação a fevereiro, a demanda média diária chinesa no segmento aumentou 17,7% em março.
Pelo lado das importações, o Estado adquiriu US$ 574,3 milhões em mercadorias, com retração de 26,7% ante março do ano passado. No acumulado do ano, o RS importou US$ 1,7 bilhão, configurando uma queda de 28,8% em relação a 2019.

Com parceiros, Braskem doa materiais de saúde

A Braskem se juntou a parceiros da cadeia da química e do plástico para doar materiais essenciais para o combate ao novo coronavírus nos hospitais da rede pública. A resina termoplástica doada pode produzir mais de 60 milhões de máscaras ou mais de 1 milhão de aventais. Doará, também, material para fabricação de embalagens para 750 mil litros de álcool líquido e em gel para mais de 500 mil almotolias (um tipo de frasco plástico para álcool em gel utilizado em hospitais), além de 10 mil caixas de hipoclorito para diluição ou uso como água sanitária e mais de 150 mil sacos plásticos para lixo hospitalar.
No mercado internacional, a Braskem está buscando respiradores para fornecer à rede pública. Os itens beneficiarão hospitais do Rio Grande do Sul, Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O trabalho conjunto, que envolve clientes e entidades de classe, já conta com 32 iniciativas.
A doação de matéria-prima para produção de equipamentos de proteção e embalagens já ultrapassa 370 toneladas. Essas terão seu valor alavancado pelos parceiros da petroquímica. Na semana passada, a Braskem já havia anunciado uma linha adicional de crédito de R$ 1 bilhão para ajudar principalmente as pequenas e médias empresas da cadeia a atravessar os próximos meses de crise.
"A covid-19 impõe uma situação desafiadora para nossa sociedade e acreditamos que a união é parte fundamental para a superação deste momento. Nossa empresa tem um propósito claro de melhorar a vida das pessoas e não poderia ser diferente agora", diz Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem. "Nos engajamos também com organizações empresariais, ONGs, universidades e centros de pesquisa. O momento é de união para trabalharmos juntos na luta contra o coronavírus", acrescenta.