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Coronavirus

- Publicada em 06 de Abril de 2020 às 20:37

Saída da quarentena deve vir acompanhada de mais testes

Relaxamento do isolamento social pode provocar repique de casos

Relaxamento do isolamento social pode provocar repique de casos


STEPHANE DE SAKUTIN/AFP/JC
A saída das quarentenas deve ser feita com planejamento e acompanhamento científico e não seguirá a mesma receita para todos os países, afirmou, nesta segunda-feira (6), Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo compilação da Universidade Johns Hopkins, já são 1,3 milhão de casos no mundo, com 74,1 mil mortes.
A saída das quarentenas deve ser feita com planejamento e acompanhamento científico e não seguirá a mesma receita para todos os países, afirmou, nesta segunda-feira (6), Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo compilação da Universidade Johns Hopkins, já são 1,3 milhão de casos no mundo, com 74,1 mil mortes.
Ryan disse que as restrições à mobilidade têm sido efetivas para controlar a transmissão do coronavírus, mas cobram um preço alto da atividade econômica: "Principalmente em países em desenvolvimento, é preciso combater a pandemia com o mínimo de dano à economia, e para isso os governos terão que calibrar seus passos".
O diretor afirmou que o termo lockdown tem sido usado para medidas amplas e adotadas de forma desigual pelo mundo - suspensão de aulas, fechamento de lojas, paralisação de empresas, restrição a movimento -, e que o planejamento para a retomada depende não só do grau das restrições, mas também da capacidade de testagem e de atendimento nos hospitais.
"Se as medidas de restrições forem levantadas, é fundamental que haja ferramentas para segurar a transmissão", disse o diretor da OMS. Entre elas estão testes para detectar contaminados, isolamento dos doentes, monitoramento de quem tenha tido contato com pessoas infectadas e capacidade de manter distância entre as pessoas nas comunidades.
Segundo a OMS, alguns modelos epidemiológicos apontam que existem muitas contaminações por coronavírus ainda não detectadas, por isso a importância de se testar a população para conseguir um retrato mais preciso do problema.
O sistema de saúde pública também precisa estar fortalecido, disse Ryan, pois um relaxamento de medidas pode provocar um repique de casos. Entre os parâmetros que é preciso analisar para calibrar o grau de restrições ou relaxamento está a ocupação dos leitos hospitalares. "É preciso haver um colchão de segurança. Se a ocupação estiver chegando perto da capacidade, isolamentos mais drásticos são necessários".
Outros dados necessários são o número de dias em que os casos dobram em cada localidade, a porcentagem de testes que dá resultado positivo e a taxa de transmissão (para quantas pessoas cada infectado transmite o vírus). Voltar à atividade econômica sem pôr em risco a vida das pessoas depende, portanto, da capacidade de acompanhar a evolução da doença.
"Não há números exatos que definam qual é o momento certo de abrir ou fechar. O que podemos dizer é que é preciso acompanhar o passo da pandemia. Relaxar, medir, esperar, analisar e dar um passo de cada vez", afirmou Ryan.
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