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Coronavirus

- Publicada em 02 de Abril de 2020 às 20:38

Sistema funerário do Equador entra em colapso

Na quarta-feira, força-tarefa recolheu 150 corpos que estavam em casa

Na quarta-feira, força-tarefa recolheu 150 corpos que estavam em casa


/ENRIQUE ORTIZ/AFPTV/AFP/JC
Em Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador, as funerárias entraram em colapso. Não há caixões para todos os mortos e os cemitérios não conseguem atender todas as famílias. O país registrou o primeiro caso de coronavírus (Covid-19) no dia 29 de fevereiro. Nesta quinta-feira (2), eram 3.163 casos confirmados e 120 mortes.
Em Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador, as funerárias entraram em colapso. Não há caixões para todos os mortos e os cemitérios não conseguem atender todas as famílias. O país registrou o primeiro caso de coronavírus (Covid-19) no dia 29 de fevereiro. Nesta quinta-feira (2), eram 3.163 casos confirmados e 120 mortes.
O governo do Equador informou que, na quarta-feira, retirou 150 corpos que estavam em casas na cidade de Guayaquil. Famílias relatam que alguns mortos permaneceram até três dias em casa, esperando pelos serviços funerários.
Nem todas as mortes foram decorrentes de infecções pelo coronavírus. Mas o rápido crescimento dos óbitos fez com que as autoridades não conseguissem confirmar o número de vítimas pela Covid-19.
Desde o dia 21 de março, o Equador vive um toque de recolher das 19h às 5h. No entanto, em Guayaquil, epicentro da doença no país, com 70% dos casos, o recolhimento obrigatório começa às 16h.
De acordo com Jorge Wated, representante do governo para a crise do coronavírus, foi criada uma força-tarefa com militares e policiais para atender à demanda e retirar os corpos das casas. "O mundo não estava preparado para isso. Diante dessa situação, o presidente (Lenín Moreno) ordenou a criação dessa força conjunta para a remoção de corpos. Continuaremos a trabalhar incansavelmente, 24 horas por dia, sete dias por semana, para cuidar dos afetados", afirmou Wated, em coletiva.
Segundo jornais locais, apenas 20 das 120 funerárias de Guayaquil estão funcionando. Além do medo do contágio pelos profissionais das funerárias, há escassez de caixões porque os artesãos não conseguem comprar madeira, tecidos e tintas, suprimentos necessários para fazer os féretros, por conta das restrições no comércio.
Wated reconheceu falhas no sistema funerário de Guayaquil, aprofundadas pelo toque de recolher, que limita o tempo de circulação de pessoas e a realização de serviços, como o recolhimento dos corpos por agências funerárias.
"Estamos trabalhando para que cada pessoa seja enterrada com dignidade e em espaços individuais", disse ele, referindo-se a um cemitério administrado pelo governo com capacidade para abrigar cerca de 2 mil corpos. A fala do porta-voz desmente informação que circulou nas redes sociais equatorianas esta semana, de que o governo estaria pensando em enterrar os falecidos em uma vala comum. Conforme o gestor da crise, são estimadas para o Equador entre 2,5 mil e 3,5 mil mortes, apenas na província de Guayas, onde fica Guayaquil.
Conforme o Ministério da Saúde Pública, o país dispõe de 27 hospitais para atenção específica ao coronavírus, 2,1 mil centros médicos, além de 133 hospitais habilitados para outros tipos de consultas.
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