Ao lançar um plano de resposta global que inclui doações de até US$ 2 bilhões (R$ 10,1 bilhões), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, disse, nesta quarta-feira (25), que a pandemia de coronavírus "está ameaçando toda a humanidade".
O objetivo do Plano Mundial de Resposta Humanitária à Covid-19 é combater o vírus nos países mais pobres e responder às necessidades das pessoas mais vulneráveis. Segundo o secretário-geral, o coronavírus está chegando a países onde já existem crises humanitárias causadas por conflitos, desastres naturais e pela mudança climática, onde os habitantes, obrigados a fugir por conta de bombas, violência ou inundações, "vivem sob coberturas de plástico ou amontoados em campos de refugiados ou assentamentos informais".
"Essas pessoas não possuem uma casa em que possam praticar o isolamento social" e "lhes falta água limpa e sabão para realizar a ação mais básica de proteção pessoal contra o vírus: lavar as mãos." O plano anunciado por Guterres vai até dezembro.
Já o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltou a falar, ontem, sobre o programa lançado junto com a ONU para ajudar os países mais pobres em meio à pandemia. "Esta é mais que uma crise de saúde, e estamos comprometidos a trabalhar juntos para proteger as pessoas mais vulneráveis ao vírus e suas consequências", ressaltou Ghebreyesus, que convocou, ainda, os países do G-20 a ajudarem as nações de baixa renda.
Segundo o diretor-geral, o Fundo de Resposta Solidária à Covid-19, criado há duas semanas, recebeu mais de 200 mil doações. "O fundo já arrecadou mais de US$ 95 milhões", revelou.