O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil subiu para 46 nesta terça-feira. Na segunda-feira, eram 34. De acordo com o Ministério da Saúde, houve um crescimento de 1.891 para 2.201 pessoas testadas com a doença de um dia para o outro, somando 310 novos casos no período. O índice de letalidade está em 2,1%.
De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, São Paulo concentra a maior parte dos casos (810), seguido por Rio de Janeiro (305), Ceará (182), Distrito Federal (160) e Minas Gerais (130).
No Rio Grande do Sul, já são ao menos 112 confirmações conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES). O número, porém, é inferior ao real, na medida em que a SES não contabiliza alguns novos casos já reportados por prefeituras.
Na entrevista coletiva de atualização dos dados, o secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que o Brasil precisará produzir de 30 mil a 50 mil testes por dia durante o período de pico do novo coronavírus no País. Atualmente, a capacidade do Brasil é de cerca de 7 mil testes por dia. "A questão dos testes está em construção, para que a gente possa enfrentar o pico da epidemia temos que ter capacidade de 30 mil a 50 mil testes por dia, essa é a escala que temos que chegar. Não temos essa escala ainda, não temos isso agora, vamos chegar nas próximas semanas", disse Wanderson.
O secretário disse que, além de conseguir mais máquinas e insumos para viabilizar testes, também é preciso ter equipamento de proteção e pessoas treinadas. Com a compra de novos testes, o Ministério da Saúde promete chegar a 22,2 milhões no total para o Brasil. Destes, 14,9 milhões são testes laboratoriais e 8 milhões são rápidos.
"É importante esclarecer que estamos buscando toda a disponibilidade de testes no mercado internacional. Neste momento, a Índia acabou de fazer um bloqueio por 21 dias de todo o seu território nacional. A China está com dificuldade de fornecimento de insumos. Fornecedores de máquinas não conseguem suprir o mercado internacional", avaliou Wanderson.
Ele disse que o Ministério da Saúde mantém diálogo com o Ministério da Agricultura, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Polícia Federal para conseguir parceiros que emprestem máquinas para realização de testes. "É um esforço hercúleo", avaliou o secretário. Possivelmente será a maior pandemia do século. Esperamos que seja menos letal do que a pandemia de 1918", disse.