O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) emitiu nota alertado para os problemas gerados pelo coronavírus no setor, especialmente para a suspensão dos trabalhos nas linhas de produção de alguns produtos. A entidade também chamou a atenção para outro fator, não totalmente vinculado à pandemia, mas que também será percebido pelos consumidores em breve: a alta nos preços.
Na produção, as mudanças em curso obrigaram a suspensão de algumas linhas e itens que não são de extrema necessidade. A decisão – que tem impacto direto na rentabilidade das operações fabris – concentrou as equipes no processamento de produtos de grande relevância social como o leite UHT, leite em pó e queijos, atualmente os mais demandados no varejo.
No documento, assinado por Alexandre Guerra, presidente do sindicato, alerta para o fato de que o setor trabalhando para garantir que as famílias possam manter seu período de quarentena com saúde, e reforça que para isso, é essencial contar com a colaboração de todos, como no acatamento da recomendação de não sair de casa além do extremamente necessário. Guerra lembra que para poder abastecer as gôndolas dos supermercados agricultores e produtores de leite, colaboradores de laticínios, veterinárias, fornecedores de insumos e embalagens, transportadores e equipes de inspeções oficiais estão fazendo para que os outros possam ficar em casa com saúde.
O Sindilat explica ainda que a indústria láctea gaúcha vem, na medida do possível e com o empenho e engajamento dos colaboradores, mantendo a produção para assegurar o abastecimento e atendendo à recomendação das autoridades de saúde pública, mantêm as já rígidas medidas de higiene e controle em nossa produção, com home office nos setores onde foi possível. Segundo a nota, nas indústrias, se ampliou o distanciamento entre postos de trabalho e se passou a oferecer alternativas de transporte até às fábricas de forma a minimizar riscos.
Sobre a alta nos preços prevista para os próximos meses, o Sindilat coloca que ocorrem em razão temporal, da entressafra da produção no campo, comum anualmente na Região Sul entre março a julho. Neste ano, porém, defende a nota, esse período deve estender-se, e a alta ficar acima da média em função da estiagem, da disparada do dólar que elevou o custo dos insumos e dos gastos adicionais realizados na prevenção do coronavírus.