Preocupada com os efeitos econômicos do avanço do novo coronavírus no Brasil, a Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados) tem mobilizado calçadistas no sentido de minimizar os danos da pandemia na atividade.
Em reunião de emergência realizada terça-feira, em Novo Hamburgo, os calçadistas definiram orientações para fabricantes, para a precaução quanto à saúde dos colaboradores, como higienização dos ambientes de trabalho, transportes, redução de viagens e visitas, entre outras questões.
Na oportunidade, também foram elencados os pleitos que estão sendo levados ao governo federal, no sentido de minimizar os impactos sobre a produção do setor calçadista nacional, que emprega diretamente mais de 270 mil pessoas em todo o País. "Preservando a atividade, conseguimos também preservar o emprego dessas milhares de pessoas, que dependem do setor", destacou o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.
Entre os pleitos enviados aos poderes públicos, trabalhados em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), estão: a postergação do pagamento dos tributos federais, cabendo às Federações das Indústrias realizar o pleito nos seus estados de atuação; a postergação dos vencimentos de empréstimos/financiamentos junto aos bancos públicos; e medidas para facilitar as negociações de férias coletivas com vistas à preservação das vagas.
"A crise provocada pela pandemia certamente irá atrasar, ainda mais, reformas importantes para o setor e que estavam bem encaminhados, caso da reforma tributária. Esta não ocorrendo, portanto, é fundamental a ampliação do prazo de fruição da desoneração da folha de pagamentos, bem como a ampliação da alíquota do Reintegra, hoje, em apenas 0,1%", frisou Ferreira.