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Medicina Veterinária

- Publicada em 18 de Março de 2020 às 12:12

Coronavírus e animais de estimação: o que fazer?

Até o momento, o entendimento é de que os animais não são suscetíveis ao Covid-19

Até o momento, o entendimento é de que os animais não são suscetíveis ao Covid-19


LUIZA PRADO/JC
Embora não haja evidência significativa, até o momento, de que animais de estimação possam ficar doentes ou transmitir o novo coronavírus (Covid-19), a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que as pessoas infectadas evitem o contato com seus cães e gatos. O alerta foi passado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). 
Embora não haja evidência significativa, até o momento, de que animais de estimação possam ficar doentes ou transmitir o novo coronavírus (Covid-19), a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que as pessoas infectadas evitem o contato com seus cães e gatos. O alerta foi passado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). 
O médico-veterinário e tesoureiro do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Wanderson Ferreira, pós-graduado em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, explica que, por enquanto, não há comprovação científica de que os animais transmitam para o homem e, até hoje, o entendimento é de que os animais não são suscetíveis ao novo coronavírus (Covid-19).
“Existe um tipo de coronavírus que atinge o trato gastrointestinal de cães, podendo desencadear um processo de diarreia e vômito. Mas o homem é resistente a ele e não tem nada a ver com o Covid-19, que ataca as vias respiratórias”, esclarece. Mesmo diante desse cenário, por cautela e seguindo o posicionamento da OMS, o , o CFMV recomenda que os tutores infectados também façam quarentena de convivência com os seus pets.

COVID-19: Orientações para médicos veterinários e tutores

Atendimento
  • Os médicos veterinários, como profissionais de saúde, por enquanto e até segunda ordem, estão autorizados pelos governos estaduais a manter o atendimento normal em clínicas e hospitais veterinários. Isso pode variar de uma região para outra do país e os profissionais devem sempre observar e respeitar as restrições determinadas pelas autoridades locais.
  • Para manter o atendimento e, ao mesmo tempo, contribuir para conter a proliferação do coronavírus, o CFMV estimula que o atendimento seja feito com a presença de apenas um único tutor, evitando a aglomeração de pessoas nas clínicas e pet shops. Além disso, recomenda-se que os tutores evitem visitar os animais internados. Também sugere que serviços que não são de urgência e emergência sejam reprogramados, afastando uma exposição desnecessária nesse momento crítico de propagação do novo coronavírus.
  • O atendimento a distância continua proibido, conforme determina o Código de Ética do Médico Veterinário. “A consulta clínica deve ser presencial, seja no consultório ou em domicílio, mas, sempre que possível, de forma restrita, individualizada, reduzindo aglomerações”, alerta Ferreira.
  • O Conselho Federal ainda orienta que os profissionais sejam mais severos com a higienização dos ambientes, limpando o recinto a cada atendimento. Limpar principalmente o mobiliário e os utensílios que tiveram contato direto com o animal ou com o tutor, como mesas, bancadas, instrumentos, cadeiras e tudo que foi utilizado durante o atendimento dos pacientes. As recepções também devem intensificar a limpeza.
Higienização
  • Os responsáveis técnicos dos estabelecimentos veterinários devem manter e reforçar a rotina de higienização que já é exigida e preconizada pela legislação. Devem usar água sanitária ou amônia quaternária, desinfetantes clássicos utilizados na limpeza rotineira das unidades de saúde. Além disso, a Vigilância Sanitária indica que seja usado o álcool 70% no atendimento clínico dos animais, substância com alto poder de desinfecção.
  • Para higiene pessoal do profissional, a recomendação também é de manter o procedimento padrão de lavar as mãos e os antebraços com água corrente e sabão, antes e após os atendimentos. A OMS recomenda o uso de máscaras somente para pessoas com sintomas e, sempre que possível, disponibilizar álcool em gel. Nas cirurgias, manter o processo padrão de assepsia.
    Fonte: Assessoria de Comunicação do CFMV