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MERCADO

- Publicada em 22 de Outubro de 2019 às 03:00

Centros regionais do Sul mantêm melhor desempenho

Exceção feita às regiões Sudeste e Centro-Oeste, o mercado imobiliário, um dos principais geradores de riqueza e empregos no País, continua recessivo. E, no Sul, não é diferente, embora em alguns lugares mais do que em outros. Em municípios do interior do Rio Grande do Sul - como Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria - e de Santa Catarina - como Chapecó e Lages -, a recessão econômica é sentida de forma mais tênue em relação a centros urbanos como Porto Alegre.
Exceção feita às regiões Sudeste e Centro-Oeste, o mercado imobiliário, um dos principais geradores de riqueza e empregos no País, continua recessivo. E, no Sul, não é diferente, embora em alguns lugares mais do que em outros. Em municípios do interior do Rio Grande do Sul - como Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria - e de Santa Catarina - como Chapecó e Lages -, a recessão econômica é sentida de forma mais tênue em relação a centros urbanos como Porto Alegre.
A análise é de Patricia Longhi, sócia da 2day, Consultoria de Gestão de Lançamentos e Estoques imobiliários, que atua há 10 anos no setor. "Em Passo Fundo, as atividades econômicas principais, como o agronegócio, que dependem menos de outros serviços, fazem com que a cidade não sofra tanto os impactos da crise. Com isso, o mercado imobiliário se mantém mais estável e com bons resultados de vendas, diferente do que vemos na Região Metropolitana do Estado", avalia.
Ao mesmo tempo, já é possível perceber sinais de melhora no setor também nos grandes centros urbanos, onde as atividades econômicas são mais pulverizadas. As pessoas estão um pouco mais otimistas e, portanto, indo às compras. O consumo em todos os setores já apresenta resultados melhores, observa a consultora.
No mercado imobiliário atual, o que mais movimenta as vendas de lançamentos são questões familiares. As pessoas precisam ir para imóveis maiores, outras vezes menores. E, assim, o mercado se mantém em movimento. "Os investidores estão mais receosos, porque não necessariamente conseguem uma valorização daquele bem adquirido no curto prazo, como acontecia há alguns anos. Mas o consumidor final está voltando às compras", afirma Patricia.
O momento é mesmo favorável para compra de habitação. Os imóveis estão mais acessíveis, com o metro quadrado mais barato e opções de financiamento mais vantajosas. O consumidor que pode comprar um imóvel agora tem a oportunidade de negociar com as incorporadoras e adquirir unidades que irão se valorizar nos próximos anos, quando a economia entrar em um período de maior estabilidade financeira e os índices de crescimento no País voltarem a ter a melhor desempenho.
Segundo a consultora, as incorporadoras não estão trabalhando com grandes margens. "As empresas têm feito esforço para apresentar preços competitivos e acessíveis à aquisição ou à locação", conclui Patricia.

Facilitação do crédito resgata potencial comprador

Construtora tem duas obras em andamento, além de um empreendimento concluído

Construtora tem duas obras em andamento, além de um empreendimento concluído


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Apostando nos ventos que sopram na Região Sudeste, a Pavei Construtora, de Porto Alegre, está operando firme neste 2019. Mas a empresa ainda espera ampliar o ritmo em novos canteiros de obras no próximo ano. Depois de perceber uma leve melhora no comportamento do mercado nos últimos meses, o engenheiro civil Rodrigo Pavei, um dos cinco irmãos que conduzem a empresa no Estado, espera que essa tendência de crescimento se confirme nos próximos meses também por aqui.
Com duas obras simultâneas em andamento, além de um empreendimento concluído antes do previsto, aguardando o Habite-se, ele espera a aprovação de mais oito projetos pela prefeitura.
A crise vai arrefecendo, embalada por medidas que estimulam o mercado. "Com a opção de empréstimos corrigidos pelo IPCA, muita gente pode comprar imóvel. Apesar disso, ainda há medo do desemprego e retardos na compra."

Empresa valoriza conceito diferenciado em volta aos canteiros

Valorizando a otimização de recursos naturais e a economia, a Capitânia Investimentos Imobiliários Ltda. encerrou, em janeiro, um ciclo de quatro anos sem construir, por conta da crise no setor. O motivo da retomada foi a percepção da chegada de um momento de oportunidade.
Conforme o sócio-diretor Mauro Touguinha, apesar de ainda não ter verificado mudanças efetivas no comportamento do mercado na Capital, a confiança no acerto da política econômica federal permite projetar melhora no futuro. "Decidimos voltar a investir agora, para ter o que ofertar quando a economia do País estiver estabilizada."
Há 18 anos no mercado, a empresa pretende entregar um novo empreendimento, no bairro Petrópolis, em setembro de 2020. "Nesses quatro anos parados, nos preparamos para voltar com força. Há sinais evidentes que apontam para a melhora no mercado", diz Touguinha.