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Construção Civil

- Publicada em 22 de Outubro de 2019 às 03:00

Especialistas analisam acesso da construção às tecnologias e pregam modelo mais produtivo

Ceotto afirma que as tecnologias estão disponíveis, mas que o setor é ainda receoso em utilizá-las

Ceotto afirma que as tecnologias estão disponíveis, mas que o setor é ainda receoso em utilizá-las


SINDUSCON/DIVULGAÇÃO/JC
João Dienstmann
Uma das principais obsessões das empresas, em geral, é conseguir obter maior produtividade e eficiência nas ações do dia a dia. Para isso, são implementados processos a fim de obter um resultado final melhor. Nos canteiros de obra, a tentativa é cumprir a meta de prazos de entrega e não gerar dificuldades durante o processo construtivo, já demorado desde a sua concepção até a entrega das unidades. Por isso, dois especialistas sobre o tema e o uso de tecnologias no setor estiveram em Porto Alegre, em outubro, para palestrar para profissionais do setor.
Uma das principais obsessões das empresas, em geral, é conseguir obter maior produtividade e eficiência nas ações do dia a dia. Para isso, são implementados processos a fim de obter um resultado final melhor. Nos canteiros de obra, a tentativa é cumprir a meta de prazos de entrega e não gerar dificuldades durante o processo construtivo, já demorado desde a sua concepção até a entrega das unidades. Por isso, dois especialistas sobre o tema e o uso de tecnologias no setor estiveram em Porto Alegre, em outubro, para palestrar para profissionais do setor.
Maria Angélica Covelo, diretora da NGI Consultoria e Desenvolvimento, observou que o segmento da construção está diante de um dilema. Ao passo que é um setor ainda conservador na absorção de inovação para modelos construtivos, percebe que a mão de obra começa a se tornar escassa à medida em que a população envelhece. "A força de um trabalhador na obra é diferente. Há uma exigência maior de esforço e dedicado que, a partir de certa idade, não é mais a mesma", avalia.
Por isso, um dos caminhos para amenizar esse cenário é apostar na pré-fabricação dos insumos. Ela diz que em São Paulo essa medida já faz parte de algumas obras, e traz como vantagem a diminuição no tempo de construção, o menor acúmulo de detritos e a maior eficiência.
Já para Luiz Henrique Ceotto, diretor de construção da Urbic Incorporadora e Construtora, todas as tecnologias estão disponíveis para serem usadas, do projeto à venda das unidades. Contudo, esse receio de aplicá-las se dá pelo modus operandi lento e burocrático do setor. O motivo desses problemas, para ele, foram as "respostas rápidas e fáceis" a problemas complexos, que não foram encarados no passado. "A construção civil, sempre que questionada sobre um tema, devolvia a mesma resposta: vamos dar prazo. Prazo para banco, prazo para o cliente, e isso se tornou uma bola de neve cujo resultado são projetos de seis, sete anos para total conclusão", argumenta.
Uma das dificuldades para implementar inovações é o alto custo. Ceotto também defende a industrialização do setor como forma de conseguir melhores resultados, mas analisa esse cenário como desvantajoso para as construtoras. "O impacto de impostos sobre a indústria é muito maior do que o modelo atual. Quem vai querer pagar mais tributos? Temos um sexto da produtividade dos trabalhadores do setor nos Estados Unidos, por exemplo". Para o diretor, a solução seria reunir todos os elos do segmento para trabalharem uma estratégia, a fim de reduzir esse longo tempo.
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