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Construção Civil

- Publicada em 22 de Outubro de 2019 às 03:00

Blockchain agiliza processos junto aos cartórios

Reinaldo Sima disse que incorporação foi teste, e aguarda difusão do modelo pelo Brasil

Reinaldo Sima disse que incorporação foi teste, e aguarda difusão do modelo pelo Brasil


MARCUS DESIMONI/NITRO/DIVULGAÇÃO/JC
João Dienstmann
Criado em função das criptomoedas, o blockchain se tornou uma das ferramentas mais seguras e rápidas para realizar transações ao redor do mundo. Por ser quase intransponível aos ataques de hackers, essa espécie de livro contábil digital, cuja autenticação entre operadores é única - e, por esse motivo, um ataque se torna quase impossível - começa a ingressar em outras áreas, como é o caso dos cartórios e registros de imóveis.
Criado em função das criptomoedas, o blockchain se tornou uma das ferramentas mais seguras e rápidas para realizar transações ao redor do mundo. Por ser quase intransponível aos ataques de hackers, essa espécie de livro contábil digital, cuja autenticação entre operadores é única - e, por esse motivo, um ataque se torna quase impossível - começa a ingressar em outras áreas, como é o caso dos cartórios e registros de imóveis.
Ainda são poucos os estabelecimentos no Brasil que operam dessa forma - no Rio Grande do Sul, ainda há a expectativa da chegada da tecnologia de forma mais difundida. A confiabilidade do blockchain gerou, recentemente, uma operação de compra e venda com a MRV Engenharia, uma das maiores do País, em agosto. A empresa realizou a primeira incorporação imobiliária do mercado utilizando a tecnologia para otimizar serviços cartorários em ambiente virtual.
O procedimento ocorreu em um empreendimento que será lançado pela construtora em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O ato foi concluído em poucos minutos. Através do meio físico, um registro de escritura de compra e venda pode levar até 60 dias para ser realizado pelo cartório. Já outros atos como o registro do memorial de incorporação e convenção de condomínio chegam até 45 dias.
O diretor de Tecnologia da Informação da MRV, Reinaldo Sima, disse que a incorporação foi uma espécie de teste feito pela MRV para averiguar situações como agilidade e segurança da operação.
O resultado foi considerado satisfatório pelos membros da empresa e a ideia é que se popularize a prática, à medida em que o Brasil conte com um sistema integrado para realizar essa operação. "Estamos estudando há alguns meses o blockchain junto com o processo de vendas de imóveis. Percebemos, ao longo do estudo, um potencial para reduzir ciclo e complexidade do registro da incorporação e do próprio imóvel para nós e para quem vende, pois o tempo é curtíssimo", explica.
Sima observa que a agilidade é um forte componente para disseminação da tecnologia para operações entre cartórios, vendedores e compradores, pois agiliza o processo e o torna totalmente digital. A ideia é que, no futuro, além das partes integrantes da negociação, os bancos também passem a integrar essa rede para receber e enviar informações sobre os contratos.
A intenção é possibilitar que a negociação seja fechada toda em âmbito virtual, feita de qualquer parte do mundo, o que pode impactar também na comercialização de unidades. "Os cartórios estão abertos a inserirem o blockchain na sua rotina, mas ainda é embrionário o uso dele para essas operações", conta o diretor da MRV.
A empresa tem feito contatos em vários estados para a inserção da tecnologia - em Minas Gerais, São Paulo e Rio há uma maior adesão. A expectativa é de que, nos próximos meses, outras regiões passem também a oferecer o serviço.
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