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Construção civil

- Publicada em 22 de Outubro de 2019 às 03:00

Segmento de imóveis de luxo aponta retomada na produção

Censi Fisa tem nove projetos em execução, sendo dois na Capital, previstos para entrega em 2022

Censi Fisa tem nove projetos em execução, sendo dois na Capital, previstos para entrega em 2022


/GUILHERME JORDANI/DIVULGAÇÃO/JC
Após cinco anos encarando um cenário de baixos investimentos e de retração no setor imobiliário, o momento atual é considerado promissor pelas incorporadoras. Confiantes no impacto positivo das mudanças na política de juros e na oferta de crédito para aquisição de imóveis, as construtoras observam com entusiasmo o reaquecimento desse mercado e se preparam para fazer negócios.
Após cinco anos encarando um cenário de baixos investimentos e de retração no setor imobiliário, o momento atual é considerado promissor pelas incorporadoras. Confiantes no impacto positivo das mudanças na política de juros e na oferta de crédito para aquisição de imóveis, as construtoras observam com entusiasmo o reaquecimento desse mercado e se preparam para fazer negócios.
Foi um período duro, atrelado à macroeconomia abalada pela crise no Brasil e em outros países. Menos sensível a esses fatores - embora não imune a eles -, o segmento de imóveis de alto padrão, ou de maior valor agregado, também percebeu a diminuição na procura por esse tipo de produto.
Mas os primeiros sinais de recuperação já foram percebidos ainda em 2017, conta o diretor-executivo da Censi Fisa, Gustavo Barreto. Para ele, a retomada já está em andamento, embora ainda sem nova precificação do mercado. "Significa que os negócios estão aquecidos, e que o período ainda é mais favorável ao comprador. A partir da consolidação da estabilização econômica, a tendência é o aumento da demanda e, em consequência, a elevação dos valores dos imóveis", projeta Barreto.
A empresa é resultado de fusão, em 2018, entre a Censi Empreendimentos e a Fisa Incorporadora, ambas de Caxias do Sul, a partir de um minucioso processo de alinhamento de objetivos estratégicos, mas que contou com a convergência de perspectivas e de visões quanto ao futuro do setor de construção civil no Brasil, e sobretudo, no Rio Grande do Sul.
Separadas, elas já entregaram mais de 500 mil metros quadrados, em 75 empreendimentos, sempre com foco nesse perfil de alto padrão, em Caxias e em Gramado. Atualmente, são nove projetos em execução, sendo dois deles na capital gaúcha, com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2022.
Com projetos assinados por importantes nomes da arquitetura e do design, os empreendimentos da empresa são erguidos a partir de quatro pilares: exclusividade, qualidade, segurança e sustentabilidade.
A combinação desses conceitos levou à fusão e, com ela, a soma de expertises construtivas e de gestão, promovendo ainda mais qualidade a cada obra e em toda a cadeia de incorporação imobiliária.
O olhar diferenciado e a atenção ao conforto em cada projeto já faziam parte dos parâmetros da Censi em 2009, quando foi criada. "Sempre busquei fazer com que nossos prédios fossem comparados a obras de arte, únicos. Toda vez que desenvolvia o projeto de um empreendimento junto com nossos arquitetos, procurava imaginar como se eu fosse morar nele com minha família, entregando todo conforto, praticidade, e segurança para todos", observa Fabrício Censi, que integra o Conselho de Administração da Censi Fisa.
Conforme Daniel Zarth, também membro do Conselho, o grupo está otimista quanto às perspectivas econômicas do País. "Vislumbramos anos de crescimento vigoroso do Brasil, com expansão da renda das famílias, maior disponibilidade de crédito e valorização de ativos reais, como é o caso dos imóveis. E, por isso, queremos investir com vigor nesse segmento da construção nos próximos anos", reforça ele.

Juros baixos geram perspectivas otimistas para a construção civil

Diante de um cenário novo na economia brasileira, com a Selic baixa e os juros mais alinhados aos padrões internacionais, o otimismo desponta no horizonte do mercado imobiliário em 2020. Com uma demanda reprimida e oferta de imóveis reduzida, somadas a uma perspectiva promissora de consumo, um novo ciclo positivo para a indústria da construção civil está chegando.
A avaliação é do presidente da CFL Incorporadora, Luciano Bocorny Correa. Segundo ele, o momento da retomada já chegou, e o ponto de inflexão é mesmo o ano de 2019. "O estado de São Paulo já mostra um mercado bem aquecido, respondendo fortemente em lançamentos, preços e vendas. E a mudança da taxa de juros, agora lastreada em reformas estruturantes na economia e no governo, é uma transformação substancial na estrutura do mercado imobiliário, na questão de crédito. Isso interfere nos preços e na liquidez dos ativos imobiliários de uma forma muito significativa", diz o empresário.
Segundo Correa, a tendências de manutenção na taxa de juros em torno de 5% para os próximos quatro ou cinco anos, assim como os índices de inflação e uma forte oferta de crédito imobiliário desenham uma conjuntura bastante favorável. "Acredito que mesmo se a economia não crescer muito, o mercado imobiliário irá responder. A Selic e os rendimentos financeiros baixos trazem liquidez ao mercado imobiliário, e no segmento de alta renda o reflexo é ainda maior, pois esses são os clientes que têm uma poupança mais representativa. Viemos de um ciclo longo de represamento do setor. Por conta dessa retração, é natural que ele responda rápido agora. Os próximos dois ou três anos tendem a ser muito positivos para o setor", projeta Correa.