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MERCADO IMOBILIÁRIO

- Publicada em 27 de Setembro de 2018 às 22:30

A hora de comprar imóvel é agora

Crise prolongada fez com que o preço dos imóveis caísse

Crise prolongada fez com que o preço dos imóveis caísse


LUIZA PRADO/JC
Se o momento traz desconfiança para a maioria da população, deve ser encarado como uma oportunidade de ouro para a aquisição de um imóvel a quem tem maior confiança na retomada da economia e possibilidade para o investimento. As seguidas retrações no volume de vendas, seja de novos ou usados, obrigaram as construtoras a usar da criatividade para atrair compradores. Negociações mais flexíveis dos valores de entrada, financiamento próprio e até entrega dos apartamentos e casas com móveis planejados foram algumas das tentativas para não piorar índices que já foram alarmantes nos últimos anos.
Se o momento traz desconfiança para a maioria da população, deve ser encarado como uma oportunidade de ouro para a aquisição de um imóvel a quem tem maior confiança na retomada da economia e possibilidade para o investimento. As seguidas retrações no volume de vendas, seja de novos ou usados, obrigaram as construtoras a usar da criatividade para atrair compradores. Negociações mais flexíveis dos valores de entrada, financiamento próprio e até entrega dos apartamentos e casas com móveis planejados foram algumas das tentativas para não piorar índices que já foram alarmantes nos últimos anos.
Por isso, na visão do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul
(Sinduscon-RS), Aquiles Dal Molin Júnior, quem pode fazer o investimento em um imóvel deve fazê-lo agora. Com estoque alto e facilidades na aquisição, a busca por um bom negócio cresce à medida da necessidade das empresas do ramo em fazer caixa. "O setor da construção está muito próximo dos demais indicadores financeiros. A crise econômica prolongada fez com que o valor caísse, e a oferta de bons imóveis, bem localizados por um preço abaixo do projetado, torna o atual momento ideal para quem busca comprar ou trocar de imóvel", avalia. Conforme levantamento do Departamento de Estatísticas do sindicato, a média de imóveis novos vendidos é de 260 por mês.
Pesquisa feita pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), identificou alta de 17,3% na venda de imóveis no segundo trimestre de 2018 em relação ao primeiro. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, a alta foi ainda maior, de 32,1%. Foram pesquisadas 21 capitais e regiões metropolitanas do Brasil. No entanto, segundo a Cbic, a Região Sul foi a única a registrar queda no comparativo deste ano, com redução de 1,1%. 
A melhora em alguns indicadores, segundo Dal Molin, revela a retomada do setor, ainda que tímida. O otimismo na recuperação até o segundo semestre de 2019 deve transformar as oportunidades vistas agora em algo menos corriqueiro, pois, conforme prevê o presidente do Sinduscon, há uma demanda alta por imóveis, porém reprimida. "Quem tem condições de adquirir um imóvel, que o faça agora. Quando a condição das construtoras começa a melhorar junto com o aumento do poder de compra da população,
a tendência é a manutenção de uma maior lucratividade na hora da venda, e estamos vendo um avanço nos índices. Atualmente, há uma oferta de condições ideal para investidor ou consumidor final", argumenta.
O índice FipeZap, que acompanha a variação no preço dos imóveis nas principais cidades brasileiras, identificou uma queda real de 3,14% no valor final em agosto. Esse percentual é atribuído quando o valor de um determinado bem tem uma alta menor que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). Em Porto Alegre, houve redução de 0,4% no período. De acordo com o estudo, entre as capitais, a gaúcha é a terceira com o metro quadrado mais barato do Brasil, atrás de Goiânia e Salvador. O preço médio é de R$ 5.628,00.

Feirões criam oportunidades diferenciadas para atrair compradores

Aguardado por muitos compradores e também pelas construtoras, os feirões de imóveis ganharam protagonismo nos últimos anos. Com uma oferta mais concentrada de unidades, oportunidades de negócio em variados empreendimentos e parcerias para facilitar a vida de quem busca um novo lar, os eventos ganharam notoriedade pela promessa de fazer tudo para fechar negócio com os potenciais clientes.
A incorporadora Nex Group é uma das organizadoras desses eventos. A cada semestre, a empresa realiza, pelo menos, um feirão, e, no último realizado, movimentou cerca de R$ 40 milhões em vendas.
O presidente Carlos Alberto Schettert explica que a Nex procura organizar os eventos em locais como shoppings, devido à maior segurança e à facilidade para o acesso, e, além da oferta abundante, o feirão ajuda a criar diferenciais para a empresa. "A estratégia de venda facilita ao cliente ir em um único local, pesquisar todos os produtos disponíveis, ver as maquetes de cada empreendimento, além de analisar em escala real um apartamento decorado para aumentar a expectativa de morar bem", argumenta. No último evento, a incorporadora criou um modelo de negócio no qual o comprador poderia dar apenas 10% de entrada e parcelar o restante em até 20 anos direto com a Nex.
Outro ponto dos feirões é observar o número de unidades disponíveis e incentivar a tomada de decisão de maneira rápida por parte do comprador, em virtude do fato desse mesmo apartamento ou casa estar sendo negociado por outro corretor de imóveis. O dinamismo desses eventos, conforme o presidente da incorporadora, eleva a probabilidade de compra. "O cliente percebe a evolução dos negócios e consegue materializar através do espelho de vendas a escassez das unidades. O que nos beneficia também, além da flexibilidade de preços, é poder contar com os bancos e os intermediários da venda no mesmo lugar", analisa.
Schettert diz que a Nex Group não quer se atrelar ao chamado "torra-torra" de imóveis, pois isso desgasta a imagem da empresa e dos eventos. O auxílio dos meios digitais também otimiza a venda, pois o cliente já tem uma noção do que deseja antes de ir ao feirão. Segundo o presidente, esse modelo de negócio ajudou a impulsionar as vendas, que aconteciam em ritmo lento. Uma nova edição está programada para acontecer em janeiro.