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Construção Civil

- Publicada em 27 de Setembro de 2018 às 22:38

Minha Casa Minha Vida tem média de 200 unidades vendidas no Estado

Obras da MRV já apresentam evolução neste ano

Obras da MRV já apresentam evolução neste ano


MARCELO G. RIBEIRO/JC
João Dienstmann
Um dos principais programas habitacionais do Brasil, o Minha Casa Minha Vida (MCMV) tem sido a alternativa mais viável para as famílias de classe média realizarem o sonho da casa própria. Criado em 2009, com um modelo de negócio que oferece subsídios para algumas faixas de renda e taxas de juros mais atrativas que os financiamentos tradicionais, o MCMV manteve o otimismo da indústria da construção civil nos últimos anos.
Um dos principais programas habitacionais do Brasil, o Minha Casa Minha Vida (MCMV) tem sido a alternativa mais viável para as famílias de classe média realizarem o sonho da casa própria. Criado em 2009, com um modelo de negócio que oferece subsídios para algumas faixas de renda e taxas de juros mais atrativas que os financiamentos tradicionais, o MCMV manteve o otimismo da indústria da construção civil nos últimos anos.
Conforme dados da Caixa Econômica Federal, no primeiro semestre, foram contratadas 265 mil unidades em todo o País. No início do ano, o governo federal estipulou como meta chegar a 650 mil. As faixas 2 e 3, que incluem famílias com renda mensal entre R$ 4 mil e R$ 7 mil, são as que concentram maior número de vendas.
No Rio Grande do Sul, conforme o gestor comercial da MRV, Gian Tagliari, a média de comercialização é de 200 unidades por mês. Os investimentos da construtora tiveram uma retração entre 2015 e 2016, em virtude da crise econômica, mas foram retomados em 2017 e apresentam evolução em 2018. Somente no segundo semestre, há a expectativa de lançar até 4 mil unidades na Região Metropolitana de Porto Alegre e em cidades da Serra, como Caxias do Sul. "O Minha Casa Minha Vida é um programa importante, pois, além de oferecer diferenciais ao comprador, há uma relação de segurança entre construtora, cliente e banco, criada por mecanismos que protegem o andamento da obra", explica o gestor.
Tagliari observa que as famílias que ingressam no programa tiveram um aumento de confiança, sobretudo na questão do emprego, para fazer o investimento. Na visão do gestor, o MCMV é a alternativa mais viável para boa parte da população na hora de comprar um imóvel. "Quem não tem uma boa economia, não tem possibilidade de dar uma entrada maior ou uma segurança financeira familiar, a única forma de comprar um apartamento é com o Minha Casa Minha Vida", afirma.
Contudo, ele explica que nem todos conseguem adentrar ao programa. De cada 10 pedidos de contrato, em média, apenas três são aprovados. Isso se deve às travas colocadas para a cessão dos benefícios. Há a exigência aos compradores de não ser proprietário, cessionário, promitente comprador ou usufrutuário de outro imóvel residencial, não ser ou ter sido arrendatário ou detentor de financiamento de imóvel residencial em qualquer local do País, bem como não ter outro benefício de ordem habitacional.
Além disso, o cliente precisar comprovar a renda mínima para se encaixar dentro das faixas estabelecidas pelo governo federal. A concessão de subsídios reduz à medida em que aumenta a renda familiar, assim como há uma majoração progressiva na taxa de juros, e o modelo de negócio pode se alterar conforme a análise documental feita pela Caixa, o que também leva à rejeição dos pedidos junto ao banco.
No que tange os lançamentos, a burocracia também é um desafio para a criação de novos loteamentos, tanto em Porto Alegre quanto na Região Metropolitana. O representante da MRV conta que o prazo para liberação por parte das prefeituras varia, mas pode chegar a dois anos para autorização do início da obra. Além disso, a infraestrutura em alguns locais não acompanha o desenvolvimento e gera atrasos por conta das obras necessárias para oferecer condições aos futuros moradores. "A tramitação, muitas vezes, é lenta, travamos o processo em várias partes, e isso gera expectativa e custo para nós. Além disso, precisamos de investimento do poder público para viabilizar projetos e nem sempre acontece na velocidade que imaginamos", salienta o gestor.
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