Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Entidades

- Publicada em 16 de Julho de 2019 às 03:00

Mercado internacional é fundamental para o Sindiatacadistas

Áreas como a produção de proteína animal e minério de ferro são destacadas no exterior

Áreas como a produção de proteína animal e minério de ferro são destacadas no exterior


SUPERG/DIVULGAÇÃO/JC
A recente guerra comercial protagonizada pelos Estados Unidos com a China e outros países - incluindo o Brasil, com sobretaxa em produtos importantes, como o aço - é vista com preocupação pelo presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas), Zildo De Marchi. Para o líder da entidade, o embate entre duas potências econômicas, cuja relevância é alta nos números da balança comercial brasileira deve ser acompanhada com atenção por quem opera no setor de atacado.
A recente guerra comercial protagonizada pelos Estados Unidos com a China e outros países - incluindo o Brasil, com sobretaxa em produtos importantes, como o aço - é vista com preocupação pelo presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas), Zildo De Marchi. Para o líder da entidade, o embate entre duas potências econômicas, cuja relevância é alta nos números da balança comercial brasileira deve ser acompanhada com atenção por quem opera no setor de atacado.
Para De Marchi, o embate entre os países pode respingar em economias menos estáveis, como é o caso da brasileira. Por esse motivo, ele entende que as relações entre as empresas de cada país precisam ser ainda mais estreitas para evitar que haja prejuízo na questão comercial. "O grande atacadista faz seus negócios em âmbito internacional. A exportação é muito importante para o sucesso do nosso segmento, então não podemos deixar que divergências entre os comandantes dos países impactem as vendas", explica. O câmbio favorável aos vendedores brasileiros também é visto pelo presidente do sindicato como uma forma de impulsionar os negócios.
O setor também teve representatividade no Produto Interno Bruto mundial, com crescimento de 3% no ano passado. Para este ano, conforme De Marchi - que, além de presidente do Sindiatacadistas, também integra a diretoria da Confederação Nacional do Comércio -, a expectativa é de uma nova alta, na casa dos 2%. O segmento atacadista e distribuidor brasileiro faturou R$ 261,8 bilhões em 2018, uma movimentação que representou 53,6% do mercado. Em 2017, o valor alcançado pelas empresas foi de R$ 259,8 milhões, conforme a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad).
Áreas como a produção de proteína animal e minério de ferro são destacadas pelo líder da entidade como carros-chefe do País no exterior e são objetos de forte consumo, resultando em boa venda aos produtores. A entrada em mercados mais rígidos, como o Oriente Médio, cujo abate de animais deve respeitar uma série de regras em virtude das crenças, criou alternativas de consumo lucrativas inclusive no Rio Grande do Sul, aponta De Marchi. Ele também ressalta os setores de alimentação, serviços e agronegócio como os mais aquecidos na área de atacado.
Ainda em relação ao contato entre produtores, distribuidores e compradores, o presidente do Sindiatacadistas ressalta que os representantes comerciais, por anos considerados fundamentais para fomentar novos negócios e prospectar em novos mercados, estão perdendo espaço em razão do avanço tecnológico. "As empresas não querem mais mandar uma pessoa até algum lugar para fechar o negócio. Hoje, com o celular, você conversa, apresenta o produto e convence o comprador em qualquer canto do mundo a fazer uma parceria", explica. Ele entende que esse profissional ainda é importante para chegar em lugares remotos e conquistar a confiança de mercados mais receosos e rígidos, mas que a tendência é haver um número maior de ligações diretas, sem intermediários, para a concretização de alianças.
De Marchi também avaliou o surgimento e a ascensão dos "atacarejos", estabelecimentos que operam para venda em grande quantidade e também como competidores junto aos supermercados. Ele percebe uma presença maior de novos empreendimentos nesse sentido, principalmente por atrair o consumidor através de preços mais baixos. "Os atacarejos retomaram uma cultura antiga, a de fazer o rancho para o mês inteiro ou para um período do mês. Nem todos os consumidores aderem a esse tipo de prática, mas, em tempos de instabilidade econômica, economizar sempre ajuda", afirma.

Entidade promove diversas atividades na Capital e no Interior do Estado

Zildo afirma que entidade busca melhor eficiência na gestão das empresas e qualificação dos empresários

Zildo afirma que entidade busca melhor eficiência na gestão das empresas e qualificação dos empresários


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O Sindicato do Comércio Atacadista de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas) reúne sete sindicatos de áreas como comércio de alimentos, construção civil, vestuário, produtos químicos e bebidas alcoólicas com o objetivo de desenvolver e aprimorar o setor atacadista no Estado. As principais bandeiras defendidas pela entidade são relacionadas à melhor eficiência na gestão das empresas, à desburocratização de processos e à qualificação dos empresários do setor.
O sindicato promove eventos periódicos para apresentar temas relevantes e que estão em evidência no momento, visando a subsidiar e atualizar as empresas sobre o impacto nos seus negócios. O Café Tributário busca atualizar as empresas sobre temáticas fiscais e tributárias, ajudando a solucionar dúvidas e trazendo informações relevantes ao setor. São quatro edições por ano, sendo duas em Porto Alegre e duas no Interior, em cidades com maior representatividade.
Há, também, o Café com RH, que proporciona reflexões sobre o papel da área de recursos humanos nas organizações e suas tendências futuras, fomentando conhecimento que propicie aos profissionais criarem estratégias assertivas visando às mudanças necessárias para geração de resultados sustentáveis nas empresas.