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Editorial

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- Publicada em 31 de Maio de 2022 às 20:11

Prevenção para evitar tragédias com deslizamentos

Desde o fim de 2021, os temporais mataram mais de 500 pessoas no Brasil, atingindo com força os estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco. Está certo que não se pode prever o que a natureza pode fazer. No entanto, os deslizamentos ocorrem em áreas nas quais não poderiam ser construídas moradias. Contudo, muitas pessoas buscam esses locais em zonas sem habilitação legal, mas, até por isso, por preços bem mais baixos.
Desde o fim de 2021, os temporais mataram mais de 500 pessoas no Brasil, atingindo com força os estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco. Está certo que não se pode prever o que a natureza pode fazer. No entanto, os deslizamentos ocorrem em áreas nas quais não poderiam ser construídas moradias. Contudo, muitas pessoas buscam esses locais em zonas sem habilitação legal, mas, até por isso, por preços bem mais baixos.
Desta maneira, dezenas de moradias surgem rapidamente e são construídas sem qualquer tipo de vistoria e acompanhamento dos serviços de engenharia dos municípios. Daí até as tragédias que estamos assistindo, de maneira seguida, a distância é pequena, muito pequena. No período citado, a maior parte das vítimas foi registrada em Petrópolis, na região serrana no Rio de Janeiro, e na região metropolitana de Recife.
Dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, ligado ao Ministério do Desenvolvimento Regional apontam que estão em vigência 910 decretos federais de emergência ou calamidade por causa de chuvas intensas, enxurradas, alagamentos, inundações e deslizamentos. Os estados de Minas Gerais e Bahia foram muito atingidos, sendo que o Maranhão, Rio de Janeiro e Pará aparecem na sequência. Em Pernambuco, epicentro dos temporais registrados no final de maio, 14 municípios tiveram emergência reconhecida.
O fato é que as catástrofes acontecem e se repetem, tragicamente. Um país continental tem seus problemas, declarou o presidente Jair Bolsonaro (PL), ao visitar Recife, citando as chuvas que desde o ano passado atingiram o sul da Bahia, norte de Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Mas, tem que agir antes, prevenir e evitar situações assim.
O prefeito de Recife, João Campos (PSB), disse que a situação era completamente fora do normal e classificou o episódio como o maior desastre dos últimos 50 anos na capital pernambucana. Claro, isso não se discute, mas a prevenção, como conjuntos habitacionais populares fora dos morros, é boa medida. É fundamental a adoção de políticas públicas de planejamento urbano, com a retirada de moradias dos morros que, geralmente, circundam as cidades brasileiras.
Os deslizamentos de terra são evitáveis mediante a retirada dos locais perigosos das famílias que lá estão hoje. Ou, então, continuaremos a registrar tragédias iguais.
 
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