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Editorial

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- Publicada em 10 de Maio de 2022 às 20:02

O preço dos combustíveis e a alta da inflação no Brasil

Apontado como o responsável pela alta da inflação no Brasil, o preço dos combustíveis cobrado pela Petrobras continua a dar motivos para críticas de diversos setores da economia. Sejam caminhoneiros autônomos, empresas de transporte e, agora, também entre políticos. Entre eles e até de maneira surpreendente, o presidente Jair Bolsonaro (PL), atacando a estatal. Para seus adversários, as críticas não passam de uma maneira de não mirar ele próprio, o presidente, como o responsável pela situação. Mas, o reajuste de 8,87% no preço do diesel não encerra a defasagem em relação à paridade internacional. Pelos cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem está em 17% na comparação com os preços no exterior, segundo Sérgio Araújo, presidente da Abicom. Já a gasolina, que não teve o preço alterado pela estatal, opera com uma defasagem de 19%.
Apontado como o responsável pela alta da inflação no Brasil, o preço dos combustíveis cobrado pela Petrobras continua a dar motivos para críticas de diversos setores da economia. Sejam caminhoneiros autônomos, empresas de transporte e, agora, também entre políticos. Entre eles e até de maneira surpreendente, o presidente Jair Bolsonaro (PL), atacando a estatal. Para seus adversários, as críticas não passam de uma maneira de não mirar ele próprio, o presidente, como o responsável pela situação. Mas, o reajuste de 8,87% no preço do diesel não encerra a defasagem em relação à paridade internacional. Pelos cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem está em 17% na comparação com os preços no exterior, segundo Sérgio Araújo, presidente da Abicom. Já a gasolina, que não teve o preço alterado pela estatal, opera com uma defasagem de 19%.
O Preço de Paridade de Importação (PPI) foi criado por Michel Temer em 2016 e mantido pelo presidente Jair Bolsonaro. Desde 2019, até agora, houve aumento nas refinarias, de 155,8% na gasolina, 165,6% no diesel e 119,1% no gás, com o preço médio do botijão de gás de 13 quilos acima de R 120,00.
A petroleira divulgou que o diesel não sofria reajuste há 60 dias. Explicou também que com essa alta a empresa apenas está seguindo outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes acompanhando o mercado. A Petrobras afirma ainda que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da empresa no preço pago pelo consumidor passará de R$ 4,06, em média, para R$ 4,42 a cada litro vendido na bomba.
Em uma semana, os preços internacionais do petróleo acumularam alta de quase 4%, com o barril do Brent se mantendo acima de US$ 110, depois que a União Europeia (UE) determinou embargo ao petróleo russo como sanção contra pelo conflito na Ucrânia. O fato é que o preço da gasolina subiu por quatro semanas, marcando um novo recorde nos postos de combustíveis do País, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Desta maneira, o preço médio do litro da gasolina ficou em R$ 7,295, alta de 0,16%. Trata-se do maior valor nominal pago pelos consumidores desde que a ANP passou a fazer levantamento de preços, em 2004. Houve, igualmente, alta no preço do diesel, com avanço de 0,30%, para R$ 6,630 o litro nos postos de combustíveis. Combustíveis altos se refletem na cadeia da produção e, mais ainda, nos transportes coletivos e de mercadorias. É a inflação explicada.
 
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