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Editorial

- Publicada em 26 de Maio de 2021 às 03:00

O agronegócio do Brasil e as vendas para a China

Analistas do comércio mundial têm intensificado a opinião de que, no comércio internacional, haverá, em pouco tempo, uma bipolaridade entre os Estados Unidos e a China. O gigante asiático cada vez aumenta mais sua presença nos mercados mundiais, inclusive e principalmente no setor do agronegócio.
Analistas do comércio mundial têm intensificado a opinião de que, no comércio internacional, haverá, em pouco tempo, uma bipolaridade entre os Estados Unidos e a China. O gigante asiático cada vez aumenta mais sua presença nos mercados mundiais, inclusive e principalmente no setor do agronegócio.
Também a China é um grande consumidor, eis que tem 1,4 bilhão de habitantes. A atual conjuntura indica que a dependência do Brasil em relação à China só é superável no longo prazo. Isso porque, além de Pequim responder por pouco mais de um terço de nossas exportações, o mundo pós-pandemia deve ser caracterizado pela bipolaridade entre o gigante asiático e os EUA.
Assim, o Brasil deve manter boas relações diplomáticas com a China. Será, como tem sido, fundamental manter boas relações bilaterais com nosso principal cliente no comércio internacional. Em paralelo, temos que diversificar, o quanto possível nossas exportações.
Atualmente, o governo federal e uma parte do agronegócio brasileiro acreditam que a China tem alternativas limitadas para comprar soja. No entanto, Pequim tem feito movimentos sólidos para fomentar a produção em regiões da África.
Por tudo isso o Brasil, que tem a economia hoje em dia, como quase sempre, dependente do agronegócio e suas exportações, o que tem garantido um bom superávit comercial, deve buscar alternativas. Mas sem descurar do importante e principal parceiro, que é a China e que continuará, pelo visto, nos próximos anos.
Diversificar mercados e a pauta de exportação exigirá um trabalho de muitos anos. Um começo consiste em fazer de tudo para efetivar o acordo Mercosul-União Europeia, paralisado por interesses dos agropecuaristas de países europeus, principalmente da França, mas com um adendo acrescentado pela inépcia diplomática do atual governo federal.
Não podemos nos apequenar, no entanto, esquecendo que o Brasil tem peso geopolítico suficiente para extrair o máximo da bipolaridade que se avizinha, entre a China e os Estados Unidos. Isso será obtido com muita competência e tato diplomático, o que tem faltado, repete-se, em Brasília, aí incluindo-se o Itamaraty.
O jogo global para o qual caminhamos é complexo demais para nos darmos ao luxo de cometer equívocos diplomáticos que podem custar muito caro ao Brasil.
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