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Editorial

- Publicada em 21 de Abril de 2021 às 22:47

A proteção ao meio ambiente e os negócios do Brasil

A Cúpula do Clima, hoje e amanhã, tem os Estados Unidos como anfitrião e é parte do esforço do presidente Joe Biden, para tornar o tema das mudanças climáticas uma prioridade.
A Cúpula do Clima, hoje e amanhã, tem os Estados Unidos como anfitrião e é parte do esforço do presidente Joe Biden, para tornar o tema das mudanças climáticas uma prioridade.
O evento será realizado de forma virtual devido às restrições da pandemia e transmitido ao vivo para o público. Em carta ainda em março, Biden convidou o presidente Jair Bolsonaro para o evento. A cúpula reunirá países responsáveis por 80% das emissões atmosféricas no mundo, e por boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Durante a campanha presidencial nos EUA, Biden criticou o desmatamento na Amazônia e chegou a dizer que poderia impor sanções ao Brasil se a situação não melhorasse. O governo Biden vem repetindo que a cooperação financeira e o sucesso da relação bilateral dependem de compromissos ambientais concretos.
Senadores norte-americanos pediram à Casa Branca que não apoie o Brasil, enquanto Jair Bolsonaro não declarar combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia. Infelizmente, em março, o desmatamento ilegal bateu recorde para o mês. Para senadores democratas, tanto o Brasil quanto os Estados Unidos devem fazer mais para desenvolver políticas de gestão ambiental e florestal. Isso só poderá ser feito, no entanto, se o governo Bolsonaro levar a sério compromissos climáticos, afirmaram os parlamentares democratas dos EUA.
De qualquer forma, fica claro que a questão da proteção ao meio ambiente vai além de um compromisso com a sustentabilidade, e impacta também diretamente os negócios do Brasil com outras nações.
Senadores norte-americanos pediram a Biden que se o Brasil continuar a desmatar no ritmo atual, os EUA não devem apoiar o pedido do País para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Jair Bolsonaro já enviou carta a Joe Biden se comprometendo a zerar o desmatamento ilegal no País até 2030. Isso desanuviou um pouco as estremecidas relações entre os dois presidentes, desde a campanha eleitoral na corrida à Casa Branca, na qual Bolsonaro apoiou o então candidato à reeleição nos EUA, Donald Trump.
A carta foi a primeira em que Bolsonaro se comprometeu publicamente com o tema, e vem na esteira do fato de que o governo busca obter financiamento dos Estados Unidos para a preservação da Floresta Amazônica.
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