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Editorial

- Publicada em 06 de Abril de 2021 às 03:00

Incentivos para o Centro Histórico de Porto Alegre

Foram lançadas as propostas do programa da prefeitura de Porto Alegre para a reabilitação do Centro Histórico. A volta pontual dos bondes é ideia boa - havia uma única linha circular, a do bonde Duque, mas também foi desativada, ela que seria hoje até uma atração turística no Centro.
Foram lançadas as propostas do programa da prefeitura de Porto Alegre para a reabilitação do Centro Histórico. A volta pontual dos bondes é ideia boa - havia uma única linha circular, a do bonde Duque, mas também foi desativada, ela que seria hoje até uma atração turística no Centro.
Outra medida projetada, a remoção parcial do Muro da Mauá, é algo a ser estudado. Faz parte do projeto de proteção contra as cheias, a partir da enchente de 1941, que inundou todo o Centro da Capital e bairros ribeirinhos. As avenidas Castelo Branco e Beira-Rio são diques de proteção, e integram o projeto. Se for mesmo derrubado o muro, será necessário ter outra solução para evitar enchentes.
Interessante também a volta da Praça Parobé, hoje um terminal de ônibus ao lado do Mercado Público. As medidas fazem parte de uma visão integrada do Centro que deverá priorizar a circulação a pé, o uso misto das edificações com moradia em áreas consideradas comerciais, a relação da cidade com pontos turísticos e com o Guaíba.
Há ainda a ideia de melhorar o acesso ao bairro, situado em uma península e isolado do restante da cidade pela Perimetral e pelo Túnel da Conceição. Isso inclui a redução do número de terminais de ônibus e a qualificação dos que permanecerem.
Para ter acesso aos incentivos que serão dados à construção civil na região, seja para reabilitar edificações existentes ou para construir novas, o investidor precisará aderir ao programa, comprometendo-se com ações indicadas pela prefeitura como qualificar a fachada ou o espaço público em frente ao imóvel, implantar fachada ativa ou restaurar patrimônio histórico.
O Centro Histórico é local de inúmeros prédios antigos, públicos e particulares. Como não há mais, visivelmente, terrenos para serem comprados e neles edificados novos blocos, com certeza serão colocados abaixo prédios que lá estão há décadas, o que, para quem conhece e aprecia a história da Capital, seria algo lastimável. Mas o que é considerado patrimônio histórico deverá ser mantido e restaurado.
Uma ideia para revitalizar o Centro seria atrair operações de gastronomia e comércios, os quais, até cerca de 20 ou 30 anos, eram muitos e procurados na área.
A intenção de facilitar mais altos prédios no Centro Histórico pode ter a melhor das intenções, mas pode esbarrar na mudança de costumes e de polos de atração que a cidade sofreu nas últimas décadas. Para evitar isso, é preciso que o Centro volte a ser atraente para a população.
 
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