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Editorial

- Publicada em 24 de Março de 2021 às 03:00

Elevação dos juros deve segurar a inflação no País

O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) está agora em 2,75%. A alta era esperada pela maioria dos analistas, após cerca de seis anos com os juros sem alta. A elevação foi consequência da inflação subindo em 2021 e com projeção para cerca de 4,5% no final de 2021, pelo menos.
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) está agora em 2,75%. A alta era esperada pela maioria dos analistas, após cerca de seis anos com os juros sem alta. A elevação foi consequência da inflação subindo em 2021 e com projeção para cerca de 4,5% no final de 2021, pelo menos.
A inflação vem no rastro do aumento dos preços dos combustíveis e do dólar. Os economistas lembram que juros altos desestimulam o consumo e o investimento produtivo.
O efeito secundário da Selic alta torna o investimento produtivo menos viável e também desestimula o consumo, pois força o aumento das taxas de juros no sistema bancário.
A economia do País já vem sendo brutalmente prejudicada pela pandemia. Com juros altos, os investimentos podem ser postergados ou mesmo não realizados, pois a tendência é que os créditos sejam também mais caros, o que pode aumentar, inclusive, o desemprego no País.
O que o Brasil precisa é que o Produto Interno Bruto (PIB) seja positivo, minorando os efeitos da atual pandemia da Covid-19.
O pior é que os especialistas financeiros estimam que a Selic apresenta neste ano uma tendência de alta. Em meados de março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 5,2% nos últimos 12 meses, sendo a meta definida pelo governo de 5,25%.
Desta maneira, o aumento está indicando que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 4 e 5 de maio, ocorra novo aumento, possivelmente no mesmo percentual de 0,75%.
Com juros altos, os produtos também encarecem na ponta das vendas. Daí que a tendência é uma queda nas compras, no consumo. Em decorrência, os preços acabam baixando, ou seja, diminuindo a inflação, que é a meta dos juros mais altos via Selic.
Com os bloqueios para evitar a grande propagação do coronavírus, já temos desemprego e baixo consumo, desde meses. Mas, apenas quando a pandemia tiver arrefecido no País e nas economias de ponta do mundo é que saberemos, exatamente, o que se poderá esperar para este ano que tinha, até o final de 2020, a expectativa de melhora econômica, o que, pelo menos até agora, não está se concretizando.
A situação hospitalar é preocupante, os comércios e os serviços lutam para se manter, as restrições continuam e os protocolos devem ser obedecidos. Será um ano difícil. Espera-se que a situação melhore com a vacina, tanto na saúde quanto na economia.
 
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