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Editorial

- Publicada em 17 de Março de 2021 às 03:00

Brasil precisa de coordenação do Ministério da Saúde

O ainda ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sabendo que seria substituído, manteve a disciplina hierárquica até o fim do seu período. Garantiu que fará uma transição correta para o seu substituto, o médico Marcelo Queiroga. será o quarto ministro da Saúde desde o início da pandemia.
O ainda ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sabendo que seria substituído, manteve a disciplina hierárquica até o fim do seu período. Garantiu que fará uma transição correta para o seu substituto, o médico Marcelo Queiroga. será o quarto ministro da Saúde desde o início da pandemia.
Em tom de despedida, Pazuello anunciou a compra de milhões de doses de vacinas e quando chegarão ao Brasil. O governo comprou imunizantes de diversos laboratórios.
Neste ano trágico para a população com a pandemia do coronavírus matando cerca de 285 mil pessoas, a previsão é de que o País terá, até dezembro, em torno de 653 milhões de doses. Toda a população brasileira, de 211 milhões de pessoas, poderá ser vacinada.
Ao garantir uma transição organizada no Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello age corretamente. No entanto, em termos de coordenação e, mais ainda, de prevenção no combate ao coronavírus, sua gestão deixou a desejar. Contribuíram para isso, claramente, as sistemáticas opiniões contrárias do seu superior hierárquico, o presidente da República.
Ao minimizar a pandemia e desdenhar de medidas restritivas, além dos protocolos básicos como uso da máscara, não aglomerações e, o principal, sem incentivar a vacinação, o presidente da República travou, no mínimo, ações eficazes de prevenção contra a doença.
Isso ocorreu com os dois ministros anteriores ao atual - esperando-se que não volte a acontecer com o novo ministro. O que temos agora, após um ano de pandemia, são hospitais superlotados, emergências fechadas, pessoas com outros procedimentos médicos não conseguindo ser atendidas, enfim, algo deplorável.
A alegação de que o Supremo Tribunal Federal (STF) delegou a competência do combate ao coronavírus aos governadores e prefeitos não se sustenta, eis que a União tem poderes constitucionais e deveria ter agido em uma coordenação.
Talvez aí não tivesse faltado oxigênio em alguns hospitais, a vacinação hoje estaria mais adiantada e o Brasil, no rastro dos problemas e tendo dois grandes institutos competentes na produção de vacinas, a Fiocruz e o Butantan, esse com mais de um século de atuação, que fossem apoiados, poderia ter imunizante aqui elaborado.
Tudo o que estamos passando, começando pelo Ministério da Saúde, serve de lição para que, mesmo daqui a décadas ou um século, como no caso da Gripe Espanhola, em 1918, os mesmos erros não sejam repetidos. É preciso ação imediata e coordenação.
 
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