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Editorial

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2021 às 03:00

A Petrobras e o dilema do preço dos combustíveis

Dar um preço justo aos combustíveis nunca foi tarefa fácil no Brasil, desde a criação da Petróleo Brasileiro, a Petrobras. O Brasil tem exploração própria de petróleo, e a descoberta de óleo na camada do pré-sal aumentou as reservas. Mas a pandemia diminuiu demais a atividades econômica com as medidas, mais do que necessárias, para evitar a disparada da pandemia da Covid-19, o que tem acontecido de maneira quase irreversível, pelo menos até o momento sem ainda a vacinação em massa preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dar um preço justo aos combustíveis nunca foi tarefa fácil no Brasil, desde a criação da Petróleo Brasileiro, a Petrobras. O Brasil tem exploração própria de petróleo, e a descoberta de óleo na camada do pré-sal aumentou as reservas. Mas a pandemia diminuiu demais a atividades econômica com as medidas, mais do que necessárias, para evitar a disparada da pandemia da Covid-19, o que tem acontecido de maneira quase irreversível, pelo menos até o momento sem ainda a vacinação em massa preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A política de Preço de Paridade de Importação (PPI) da empresa reajusta gasolina, óleo diesel e gás de cozinha com base no preço internacional do petróleo e na cotação do dólar, mesmo quando esses combustíveis são produzidos no País, com óleo brasileiro. Desta forma, ao acompanhar a variação internacional do preço do petróleo bruto, a Petrobras acabou por elevar os preços em 2021, no que foi considerado, especialmente pelos caminhoneiros e outros setores de cargas rodoviárias, ainda o maior percentual do Brasil, como algo muito errado. A reclamação foi geral.
Inconformado, o presidente Jair Bolsonaro resolveu aproveitar o encerramento do ciclo do atual presidente, Roberto Castello Branco, trocando-o pelo general da reserva, Joaquim Silva e Luna. A medida pegou de surpresa o mercado, que respondeu negativamente, como vimos ontem na bolsa - as ações da Petrobras despencaram 20%.
Além da troca, Bolsonaro anunciou que a partir de 1º de março não haverá qualquer imposto federal incidindo sobre o preço do óleo diesel. Considerou o reajuste anunciado semana passada pela Petrobras como fora da curva e excessivo, mas desconsidera que a medida levou em conta a cotação internacional do petróleo, como tanto justifica a petrolífera estatal.
Na próxima quinta-feira, Bolsonaro estará em Foz do Iguaçu, no Paraná, sede da usina, para participar da solenidade de lançamento da revitalização do sistema de transmissão de corrente contínua da subestação de Furnas, que leva energia de Itaipu para o Centro-Oeste e Sudeste do País. O investimento é de R$ 1 bilhão. Tudo foi tocado pelo general Silva e Luna, segundo o governo federal.
Independentemente do novo comando, o momento é de cuidar da saúde financeira da estatal, a maior empresa brasileira, com cotações inclusive no exterior. A Petrobras merece uma governança correta, atenta aos investidores e também ao mercado brasileiro, que ainda luta para se recuperar dos danos causados pela Covid-19 na economia.
 
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