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Editorial

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2021 às 03:00

O pesado custo dos combustíveis no Brasil

A Petrobras anunciou ontem um novo aumento nos combustíveis, valendo para gasolina, óleo diesel e gás de cozinha. A gasolina subirá, em média, 8,1%, passando para R$ 2,25 por litro. O diesel terá alta de 5,1%, indo a
A Petrobras anunciou ontem um novo aumento nos combustíveis, valendo para gasolina, óleo diesel e gás de cozinha. A gasolina subirá, em média, 8,1%, passando para R$ 2,25 por litro. O diesel terá alta de 5,1%, indo a
R$ 2,24 por litro. Já o GLP (gás liquefeito de petróleo) sobe 5,05%. Os valores valem para as refinarias, e são bem diferentes dos cobrados dos consumidores.
Será o terceiro reajuste da gasolina e o segundo do diesel em 2021. Nas bombas, os dois produtos acumulam alta de 5,5% e 3,5%, respectivamente, no ano. Na semana passada, a gasolina custava, em média, R$ 4,769 por litro, enquanto o diesel saía a R$ 3,762 por litro.
Nas últimas semanas, cresceu o debate sobre os sucessivos reajustes feitos pela estatal nos combustíveis. A queixa é de que o brasileiro ainda convive com os estragos causados pela pandemia, com aumento do desemprego, por exemplo, e não consegue recompor sua renda.
Aumentar os combustíveis pode parecer maldade neste momento, mas a Petrobras justifica que segue os preços internacionais. Lá fora, o petróleo tem subido, impulsionado pelas expectativas de retomada da economia com o avanço da vacinação contra a Covid-19 pelo mundo.
Cobrado nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro se isentou e afirmou que não pode interferir na política de preços da Petrobras, já que ela está atrelada à economia internacional. Contudo, tem procurado meios de fazer com que uma redução chegue até o preço cobrado na bomba. Uma das ideias é mexer no ICMS, justamente um imposto estadual, dos quais os governadores não querem abrir mão.
A alternativa mais sensata seria o governo federal mexer nas alíquotas de PIS/Cofins, contribuições federais que incidem sobre os combustíveis, mas parece difícil. Bolsonaro já falou, na semana passada, que cada centavo de redução no PIS/Cofins sobre o diesel teria impacto de R$ 800 milhões nos cofres públicos.
A pressão também está grande do lado dos caminhoneiros, que ensaiaram uma nova greve na semana passada, que terminou infrutífera. A queixa é a mesma de 2018, quando paralisaram o Brasil: o frete considerado injusto e o elevado valor do diesel, que aumenta os custos para trafegar País agora.
Para o consumidor, não resta alternativa. Quem tem carro, difícil deixá-lo na garagem, parado. O fato é que, do jeito que vai, 2021 começou salgado para o bolso do brasileiro, e deve continuar assim pelas próximas semanas.
 
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