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Editorial

- Publicada em 29 de Janeiro de 2021 às 03:00

Dos bondes aos ônibus, a odisseia do transporte público

Transporte coletivo é um problema e, simultaneamente, solução para as grandes cidades. Porto Alegre está às voltas com as dificuldades no transporte coletivo de ônibus. Preço da tarifa e horários de circulação, além da frota considerada menor do que o necessário, segundo muitos. Uma solução é buscada pelo prefeito Sebastião Melo, mas que agrade aos empresários e, muito importante, aos usuários, que estão minguando, até antes da pandemia do coronavírus, pela concorrência dos veículos de aplicativos.
Transporte coletivo é um problema e, simultaneamente, solução para as grandes cidades. Porto Alegre está às voltas com as dificuldades no transporte coletivo de ônibus. Preço da tarifa e horários de circulação, além da frota considerada menor do que o necessário, segundo muitos. Uma solução é buscada pelo prefeito Sebastião Melo, mas que agrade aos empresários e, muito importante, aos usuários, que estão minguando, até antes da pandemia do coronavírus, pela concorrência dos veículos de aplicativos.
Na Capital, os bondes marcaram gerações para idas e vindas à escola, ao trabalho e às atividades sociais, até mesmo para simples passeios, no caso dos bondes da linha Duque, única circular, que passavam pelo Centro da Capital e no que a área tinha de importante.
Foi em 1º de novembro de 1864 a inauguração da linha de bondes tracionados por mulas, as maxambombas, em trilhos de madeira. Para até 20 passageiros por viagem, os veículos eram pesados demais. A linha foi encerrada em 1872, sendo criada a Companhia Carris de Ferro Portoalegrense. Em 1873 circula o primeiro bonde da Carris na linha Menino Deus, puxados por mulas, e que circulariam até 1914.
Em 1893 surge uma nova empresa chamada Companhia de Bondes Carris Urbanos, a qual se fundiria com Companhia Carris de Ferro Portoalegrense, formando a Companhia de Força e Luz Portoalegrense, em 1906, que implantaria os bondes elétricos na Capital. Em 22 de agosto de 1906 foram adquiridas 37 unidades na Inglaterra, de um e dois andares, esses últimos apelidados de chope duplo. Em 1908 inicia o tráfego dos bondes elétricos pelos bairros Menino Deus, Glória, Teresópolis e Partenon. Em 1926, já existiam quase 100 bondes em circulação. No mesmo ano, a companhia dos bondes voltou a se denominar Companhia Carris Portoalegrense. Em 1928 o controle acionário passaria para a Bond and Share.
Em 1952, sucessivas greves e o desinteresse dos norte-americanos da Bond and Share fizeram a prefeitura intervir. A companhia foi encampada pelo município em 1953, no mandato de Ildo Meneghetti. Em 8 de março de 1970 transitou o último bonde em Porto Alegre, sendo que o prefeito Telmo Thompson Flores comprou 50 ônibus para a Carris.
Na década de 1980, o prefeito Guilherme Socias Villela criou os corredores de ônibus, para que os coletivos circulassem melhor, como acontece até hoje. Nos anos de 1950 houve o serviço de trólebus para auxiliar o serviço de bondes, mas que fracassou. A cidade, então, continua esperando solução para o transporte coletivo.
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