Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Editorial

- Publicada em 07 de Janeiro de 2021 às 03:00

O Brasil não está quebrado, mas precisa de reformas

O Brasil não está quebrado, nem está uma maravilha, segundo declarações do presidente Jair Bolsonaro. Mas, com uma dívida beirando R$ 800 bilhões, o País tem motivos para preocupações neste 2021. Ao mesmo tempo que muitos clamam por mais auxílio emergencial, outra parcela critica os gastos acima do teto e a falta de cobertura para o déficit gigantesco.
O Brasil não está quebrado, nem está uma maravilha, segundo declarações do presidente Jair Bolsonaro. Mas, com uma dívida beirando R$ 800 bilhões, o País tem motivos para preocupações neste 2021. Ao mesmo tempo que muitos clamam por mais auxílio emergencial, outra parcela critica os gastos acima do teto e a falta de cobertura para o déficit gigantesco.
É evidente que vivemos um momento econômico complicado. Em termos fiscais tem que haver muita responsabilidade dos governos, seja o federal, estaduais e dos novos dirigentes municipais. Como é sabido, a dívida pública da União cresceu bastante, com níveis recordes. Analistas financeiros dizem que é uma das mais altas, senão a maior, entre países emergentes. Isso não é desculpa, contudo, para nada fazer.
O governo e sua base política no Congresso têm que renovar esforços para fazer andar as reformas que estão há muitos meses à espera de debate e votação, de preferência para serem aprovadas, tal a necessidade de melhoria das estruturas oficiais. As reformas administrativa e tributária são importantes e, com elas, a dívida cairia ao longo dos próximos anos, sem aumento de tributos.
Também aguardam, sendo até motivo de desabafos do ministro Paulo Guedes, da Economia, as privatizações. Foram muito prometidas pelo titular da pasta, ainda considerado um dos esteios de credibilidade de Jair Bolsonaro. Nada, até agora, aconteceu, com ministros, atuais e ex-titulares, que deixaram postos justamente na área, e congressistas trocando acusações de incompetência política e falta de coordenação no encaminhamento dos pleitos. Também há clamor de parlamentares para a diminuição de benefícios fiscais, os quais, segundo eles, atingem setores isolados e não a economia como um todo.
O que o presidente Jair Bolsonaro falou sobre o Brasil estar quebrado e ele não conseguir fazer nada, inclusive na correção da tabela do Imposto de Renda, serviu, tão somente, tudo indica, como um desabafo diante dos problemas, pedidos de mais recursos em vários ministérios e o avanço da pandemia da Covid-19. O mercado reagiu mal, e o Banco Central teve que vender US$ 500 milhões.
Com superávit na balança comercial de 2020, ano da pandemia, de US$ 51 bilhões, o maior desde 2017, o momento é de união de esforços. São básicas, pois, tratativas na Câmara e no Senado para muito além de quem será o substituto de Rodrigo Maia (DEM-RJ), com vistas a dar andamento nas reformas necessárias ao País. O Brasil não está quebrado nem é uma maravilha, mas precisda de reformas.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO