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Editorial

- Publicada em 11 de Dezembro de 2020 às 03:00

Inflação, juros e as aplicações financeiras

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) em 2% ao ano. Em princípio, juros baixos são bons para a economia do Brasil. Entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgaram que foi uma decisão correta. A ideia básica das duas entidades é de que, com a inflação alta, não era o momento para baixar os juros. Em contrapartida, justamente essa foi a razão - a elevação dos preços - motivo pelo qual outros afirmaram que seria o momento de aumentar a Selic em pelo menos um ponto percentual.
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) em 2% ao ano. Em princípio, juros baixos são bons para a economia do Brasil. Entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgaram que foi uma decisão correta. A ideia básica das duas entidades é de que, com a inflação alta, não era o momento para baixar os juros. Em contrapartida, justamente essa foi a razão - a elevação dos preços - motivo pelo qual outros afirmaram que seria o momento de aumentar a Selic em pelo menos um ponto percentual.
A projeção de inflação, principalmente aquela derivada dos alimentos em geral, está passando de 4% em 2020. Portanto, a caderneta de poupança, o investimento preferido pela maioria dos brasileiros para fazer render o pouco dinheiro que sobrou no mês, resguardando-o da corrosão inflacionária, está perdendo para a inflação e deverá chegar assim no final de 2020.
Isso é um desalento, mais um, para aqueles brasileiros que ainda têm condições de buscar um lugar seguro na rede bancária para guardar dinheiro, seja de vencimentos, salários ou renda como profissionais liberais. Tanto é assim que os ingressos nas cadernetas de poupança nos últimos meses têm sido grandes, o que é bom.
Entende-se a preocupação, que deve continuar sempre, das autoridades monetárias com o preço elevado que foi uma constante em novembro e, tudo indica, ainda continua ocorrendo em dezembro. Não se deve, entretanto, é desestimular os poupadores, inclusive aqueles que aplicam na renda fixa ofertada pelo sistema bancário, quando observam que nem mesmo a inflação corrente será compensada nos reais colocados em poupança ou outra modalidade oferecida pelas instituições financeiras.
Ainda que se saiba que estamos chegando ao final de um ano absolutamente atípico por conta da pandemia do coronavírus, não se pode deixar de lado a sensação de perda da poupança na relação com a inflação. A situação que está em vigor não tem solução no curto prazo. Porém, para que os brasileiros continuem elegendo a tradicional poupança como a preferida para colocar qualquer quantia que possam economizar, seria de bom alvitre não manter estas perdas em 2021. Tanto é assim que os analistas do mercado financeiro consultados pelo Relatório Focus projetam a Selic em alta no ano que vem, por conta da inflação passada.
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