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Editorial
- Publicada em 09 de Dezembro de 2020 às 03:00Restrições na Europa e esperança de uma vacina contra Covid
A Europa está, novamente, cumprindo restrições fortes por conta daquilo que, lá, é chamado de segunda onda do coronavírus. No estado da Baviera, o governador Markus Söder comparou que, na Alemanha, todos os dias morrem tantas pessoas de Covid-19 quanto num acidente de avião. No entanto, são poucos os dirigentes que aceitam adotar ou reiterar proibições, em meio à pandemia. A população por lá reclama de tudo o que é imposto para conter a doença.
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A Europa está, novamente, cumprindo restrições fortes por conta daquilo que, lá, é chamado de segunda onda do coronavírus. No estado da Baviera, o governador Markus Söder comparou que, na Alemanha, todos os dias morrem tantas pessoas de Covid-19 quanto num acidente de avião. No entanto, são poucos os dirigentes que aceitam adotar ou reiterar proibições, em meio à pandemia. A população por lá reclama de tudo o que é imposto para conter a doença.
Psicólogos germânicos dizem que a falta de clamor público quanto ao alto número de mortos é porque isso deixou de ser alarmante. Eles conhecem esse efeito - e o chamam de habituação. Até mesmo uma catástrofe constante leva à habituação em algum ponto. Se as pessoas são confrontadas com algo ruim por muito tempo, isso acaba deixando de ser relevante. As pessoas querem sua vida normal de volta.
Pesquisas feitas em diversas regiões da Alemanha indicam que a maioria dos entrevistados aprova o afrouxamento das restrições de contato prometidas para o Natal. Isso também significa que quase a mesma quantidade, um pouco menos do que 50%, é contra as determinações.
Para infectologistas alemães, seria melhor, então, que a Alemanha adotasse um lockdown, um fechamento rígido das atividades. Alguns países europeus mostraram o caminho, adotando o bloqueio das atividades, uma vez que as infecções caíram significativamente na Bélgica, assim como na França. O bloqueio também funcionou em Israel.
Mas se há notícias ruins vindo da Europa também de lá surge a esperança, com o início da vacinação, ontem, no Reino Unido. É o caminho que o mundo espera para ter uma saída.
Aqui, o governo estadual combate a Covid-19 em termos de distanciamento e protocolos, com resultados bons em certas cidades e regiões.
Resta saber se o Piratini manterá sua atitude de assim permanecer em meio à pandemia, ou combaterá o número de infecções com restrições mais rígidas. Nisso, prefeitos e entidades do comércio estão contrários.
Enquanto isso, a espera também é pela vacina. A boa notícia é que o presidente Jair Bolsonaro assegurou que qualquer vacina que receber o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será ofertada aos brasileiros de graça. Que assim seja. E que ocorra o quanto antes.
