Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Editorial

- Publicada em 03 de Dezembro de 2020 às 03:00

Déficit da União merece atenção especial em 2021

O déficit das contas públicas da União ultrapassou R$ 1 trilhão, segundo o Banco Central. É uma soma astronômica e que não pode ser esquecida. Paradoxalmente, tudo é colocado sob o manto protetor do combate à Covid-19, como o auxílio emergencial, o socorro às empresas menores e aos estados e municípios. É o resultado combinado da pandemia com a paralisação da economia por meses, com a consequente queda na arrecadação da União e as despesas não previstas para auxiliar as camadas mais vulneráveis da população, algo aceito pelos brasileiros.
O déficit das contas públicas da União ultrapassou R$ 1 trilhão, segundo o Banco Central. É uma soma astronômica e que não pode ser esquecida. Paradoxalmente, tudo é colocado sob o manto protetor do combate à Covid-19, como o auxílio emergencial, o socorro às empresas menores e aos estados e municípios. É o resultado combinado da pandemia com a paralisação da economia por meses, com a consequente queda na arrecadação da União e as despesas não previstas para auxiliar as camadas mais vulneráveis da população, algo aceito pelos brasileiros.
A situação exige ação das autoridades do Ministério da Economia, que até hoje têm formulado ideias, projetos e lançado sugestões, mas pouco concretizados. Não é culpa apenas do time que compõe a Economia, pois muitas iniciativas esbarram na leniência do Congresso, no caso, por exemplo, das privatizações.
Simultaneamente ao problema do déficit com gastos não previstos no orçamento, continuam demandas por mais despesas, a principal delas a continuidade do auxílio emergencial. Mas, a substituição do Bolsa Família pelo programa Renda Cidadã continuou apenas no ideário de Paulo Guedes e seus auxiliares. A desestatização perdeu até um secretário da pasta, desiludido com o emperramento do processo, que saiu do governo criticando a situação. Uma das consequências do endividamento sem lastro é que o Brasil caiu para a 12ª economia do mundo.
Falar em novo tributo é considerado uma blasfêmia pela maioria, senão todos, os segmentos da sociedade, mas sem que alguém dê qualquer alternativa talvez mais viável e menos dolorosa ao bolso dos contribuintes. Enquanto 2021 não chega, mesmo bem próximo, aproveitando a transição organizada que se observa nos municípios, é preciso pensar em como equilibrar as finanças tanto da União quanto do Rio Grande do Sul, com vistas a 2021.
Muitos estão pedindo a continuidade do auxílio emergencial, sem apontar uma fonte para mantê-lo, o que parece descabido. Mesmo que a medida mereça atenção pela quantidade de excluídos e pelos mais do que 14 milhões de desempregados no Brasil, temos que buscar alternativas viáveis, onde, para a maioria, não se encontra nem se deve aplicar majoração de tributos ou criação de novos, como a chamada nova CPMF, nas transações bancárias.
Vender parte das reservas cambiais, que estão muito bem há anos, é medida sugerida. No entanto, esse colchão de dólares dá estabilidade para o Brasil negociar e manter seus compromissos em dia. Fica a palavra com os doutores em economia e finanças.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO