Muitas demandas aguardam a ação do prefeito eleito

Apesar de algumas pesquisas de intenção de voto que apontaram a diminuição da vantagem e até uma virada - num cenário de projeção de empate técnico, registre-se -, Sebastião Melo (MDB) confirmou nas urnas a preferência do eleitorado de Porto Alegre e será prefeito.

A abstenção foi alta novamente, 32,76% dos eleitores, 354 mil, não comparecendo. Melo disse que os próximos quatro anos serão de muito trabalho e diálogo com todos os porto-alegrenses.

O futuro prefeito promete trabalhar duro para que Porto Alegre volte a ter uma economia pujante, que gere novos negócios, apoie empresários e empreendedores, gerando assim mais renda e empregos.

A situação financeira da Capital está em um certo equilíbrio, os resultados orçamentários são positivos há anos, embora os recursos do Tesouro sejam escassos.

Fato é que ainda há muito a se investir no trinômio educação, saúde e segurança, além de diversas melhorias em infraestrutura, bem como a melhoria da zeladoria da cidade.

Houve avanços no atual governo de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), a começar pelo ajuste fiscal, mas com maior destaque na área da saúde, com atendimento ampliado na chamada atenção primária, com equipes de saúde da família, além do funcionamento de postos de saúde com horários estendidos, até as 22h. São medidas que previnem e ajudam a desafogar os hospitais.

Mas a cidade está às voltas com uma recidiva do coronavírus, com mais infectados e altas nas internações e na ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), o que é preocupante. Por isso, o combate à Covid-19 tem que continuar e ser ampliado com a vacinação.

Na infraestrutura, caberá ao novo prefeito dar continuidade às obras e tocar as que ainda esperam, algumas projetadas quando da Copa do Mundo de 2014. As demandas populares durante a campanha foram muitas, caso de vagas nas creches e funcionamento noturno.

Ampliar horários do transporte coletivo e evitar aglomerações nos ônibus é outra pauta. É uma carga que Sebastião Melo terá que enfrentar com o respaldo das urnas, ainda que se saiba que nada pode ser feito do dia para a noite.

O que os cerca de 1,5 milhão de porto-alegrenses almejam é uma cidade pulsante, com inclusão social, serviços atuantes, limpeza, arborização, educação, segurança e saúde. Que o escolhido a comandar a Capital trabalhe e alcance os objetivos maiores é o que se deseja.