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Editorial

- Publicada em 16 de Novembro de 2020 às 09:16

O meio ambiente, o Brasil e o futuro presidente dos EUA

As três maiores economias da Ásia Oriental - China, Japão e Coreia do Sul - assumiram compromissos de atingir nível zero de emissões de gases que causam o efeito estufa até meados do século. A decisão tríplice pode tornar possível que a humanidade alcance a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5ºC até 2050.
As três maiores economias da Ásia Oriental - China, Japão e Coreia do Sul - assumiram compromissos de atingir nível zero de emissões de gases que causam o efeito estufa até meados do século. A decisão tríplice pode tornar possível que a humanidade alcance a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5ºC até 2050.
Essa ação também aumenta a disputa pela liderança da agenda climática e ambiental em nível mundial. Se, com Donald Trump, a União Europeia se consolidou como a força mais avançada na corrida tecnológica pela descarbonização, a nova investida dos asiáticos e a ascensão de Joe Biden nos EUA indicam que o protagonismo nesse tema será bastante concorrido. Na contramão, o Brasil está sendo criticado por falta de cuidados com o meio ambiente.
O Brasil jamais foi mencionado em um debate da corrida presidencial dos EUA até 29 de outubro de 2020. Naquela noite, Joe Biden afirmou que destinaria US$ 20 bilhões à preservação da Amazônia, e que aplicaria sanções comerciais ao Brasil se a devastação da maior floresta tropical do mundo continuasse. O presidente Jair Bolsonaro respondeu no dia seguinte pelo Twitter que o Brasil não está à venda e que a Floresta Amazônica não é assunto de estrangeiros.
Joe Biden é o primeiro presidente dos Estados Unidos que se elegeu com uma agenda de governo ambientalista. As principais propostas do democrata para recuperar a maior economia do mundo após a crise da Covid-19 falam de descarbonização, economia verde e mitigação das mudanças climáticas.
Não poderia haver maior contraste entre a futura administração e a atual. Em 2017, Donald Trump revogou as iniciativas de energia limpa da era de Barack Obama e, em 2018, anunciou medidas para ressuscitar a indústria do carvão. Desde então, as energias do sol e do vento tiveram crescimento rápido nos Estado Unidos, com forte geração de empregos, preços cada vez mais competitivos, mesmo sem subsídios, e com indicadores econômicos mais consistentes do que os investimentos em fósseis. Ou seja, não funcionou.
O fracasso da política antiambiental de Trump não se resume ao setor de energia. Mesmo após os americanos terem anunciado que sairia do Acordo de Paris, políticas de mitigação climática foram fortalecidas em níveis subnacionais, em cidades e estados, e também nas empresas, mantendo, na prática, a maior economia do mundo no rumo das metas do acordo. Com Biden, o Brasil terá que se reordenar na proteção ao meio ambiente ou terá problemas.
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