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Editorial

- Publicada em 27 de Outubro de 2020 às 03:00

Inflação em alta é um prejuízo a mais para brasileiros

Os de mais idade com certeza ainda se lembram, sem qualquer saudade, dos tempos em que a inflação corroía salários, não poupando qualquer camada da sociedade. Mas, não bastassem as amarguras vivenciadas desde que a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil, agora também há o dissabor pela alta dos preços, começando pelos alimentos essenciais, caso do arroz.
Os de mais idade com certeza ainda se lembram, sem qualquer saudade, dos tempos em que a inflação corroía salários, não poupando qualquer camada da sociedade. Mas, não bastassem as amarguras vivenciadas desde que a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil, agora também há o dissabor pela alta dos preços, começando pelos alimentos essenciais, caso do arroz.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) atingiu 0,94% em outubro, maior resultado para o mês desde 1995. No ano, o índice acumula alta de 2,31% e em 12 meses 3,52%.
Os alimentos para consumo no domicílio subiram 2,95% em outubro, depois do avanço de 1,96% em setembro. A alta foi puxada por itens como o óleo de soja, com 22,34%, arroz, alta de 18,48%, do tomate, mais caro 14,25%, e o leite longa vida, que aumentou 4,26%.
Há quem peça o tabelamento dos preços, via decreto. No entanto, exemplos do passado mostram que isso não resolveu, mas ampliou outros problemas correlatos, até ocorrendo a falta de produtos.
O homem do campo não parou de trabalhar durante a pandemia do coronavírus, e garantiu o abastecimento de arroz, mesmo com preço elevado. Os números das safras gaúchas são a prova disso, com dados superlativos, como, de resto, em quase todos os outros estados grandes produtores.
A demanda internacional pelo produto e a quebra de safras em outros países fizeram com que a escalada dos preços fosse inevitável. Em setembro, a grande alta no preço do arroz fez o governo tirar a alíquota de importação para 400 mil toneladas de arroz.
O passado indica que tabelar preços, realmente, não é uma solução satisfatória, pois prejudica plantadores e não oferece estabilidade para a população em termos de aquisição dos produtos.
Igualmente, quem produz não dita as regras do mercado, quando os preços obedecem à popular lei da oferta e da procura.
Felizmente, não há falta de arroz nem de qualquer outro alimento de primeira necessidade para os brasileiros. Ainda que se diga que o poder de compra, por conta do desemprego de cerca de 14 milhões de pessoas fora do mercado e a paralisação econômica caiu demais, a esperança é que, passada a fase de grande procura nacional e internacional pelo arroz, o preço do produto essencial para todos acabará se estabilizando em níveis razoáveis.
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