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Investigação

- Publicada em 19 de Maio de 2022 às 13:15

Polícia Federal combate evasão de divisas e contrabando de mel no RS

Policiais cumprem mandados de busca e apreensão  Santana do Livramento e São Gabriel

Policiais cumprem mandados de busca e apreensão Santana do Livramento e São Gabriel


Polícia Federa/Divulgação/JC
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (19/05), a Operação Iratim II, de combate à evasão de divisas e o câmbio paralelo, com foco em um grupo especializado no contrabando de mel através da fronteira com o Uruguai. A alusão a Iratim remete a uma espécie de abelha conhecida por se apropriar do ninho e do mel de outras abelhas.
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (19/05), a Operação Iratim II, de combate à evasão de divisas e o câmbio paralelo, com foco em um grupo especializado no contrabando de mel através da fronteira com o Uruguai. A alusão a Iratim remete a uma espécie de abelha conhecida por se apropriar do ninho e do mel de outras abelhas.
Policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Santana do Livramento  e São Gabriel, além do bloqueio de contas bancárias, da indisponibilização de bens imóveis e do sequestro e arresto de veículos.
A ação deriva da identificação de sistemática criminosa voltada ao contrabando de mel, consequência da Operação Iratim, deflagrada em agosto de 2021. Ao que as investigações revelam, a remessa de dinheiro ao exterior por parte de empresários do ramo da apicultura tem como principal objetivo fomentar a importação irregular de mel, realizada por intermédio da fronteira entre Santana do Livramento e Rivera.
A Operação Iratim II tem como foco principal dois empresários do ramo da apicultura radicados em São Gabriel, suspeitos de incrementarem sua produção com mel oriundo de contrabando. Os empresários se aliaram a um grupo de pessoas de Santana do Livramento, que era responsável pelo recebimento e remessa de valores ao Uruguai, para pagamento de fornecedores de mel daquele país, e pela posterior internalização clandestina do produto.
Segundo apurado, houve a remessa ilegal de mais de R$ 3,2 milhões ao exterior por parte dos investigados, os quais foram utilizados no fomento desse mercado clandestino. De forma estimada, essa prática seria a responsável por um incremento ao menos 15% no abastecimento de mel da empresa dos investigados.
Todavia, os valores e percentuais envolvidos nessas práticas são potencialmente maiores, notadamente pelos indicativos de que o esquema de contrabando de mel seja ainda mais abrangente. Assim, além da neutralização patrimonial dos suspeitos, a operação tem como objetivo o aprofundamento das investigações, notadamente para identificação de outros envolvidos.
Importante referir que a identificação das atividades de contrabando investigadas foi potencializada pelo mapeamento do mercado informal de câmbio e das atividades de operadores do mercado financeiro paralelo. A Polícia Federal vem intensificando o combate a crimes contra o Sistema Financeiro Nacional na fronteira. A partir dessas investigações, são identificados os fluxos financeiros de outros crimes – como, por exemplo, o contrabando de mel.
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