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PATRIMÔNIO

- Publicada em 10 de Maio de 2022 às 17:33

Segundo andar do Mercado Público deve ser liberado para operações em julho

Piso superior do Mercado, parcialmente destruído por incêndio, receberá seis operações comerciais

Piso superior do Mercado, parcialmente destruído por incêndio, receberá seis operações comerciais


MARIANA ALVES/JC
A liberação do segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre, parcialmente destruído por um incêndio em 2013, deverá ocorrer ao longo do mês de julho, quando o sinistro completa exatos nove anos. Esse é ó prazo que a prefeitura da Capital considera para a entrega da reforma elétrica e dos elevadores do prédio, o que já permitirá a reocupação dos restaurantes, bares e estabelecimentos do piso superior.
A liberação do segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre, parcialmente destruído por um incêndio em 2013, deverá ocorrer ao longo do mês de julho, quando o sinistro completa exatos nove anos. Esse é ó prazo que a prefeitura da Capital considera para a entrega da reforma elétrica e dos elevadores do prédio, o que já permitirá a reocupação dos restaurantes, bares e estabelecimentos do piso superior.
Ainda faltará a instalação das novas escadas rolantes ligando os dois pavimentos, prevista para o decorrer do segundo semestre deste ano. O equipamento vem da China e não tem data estimada de entrega, por questões logísticas e aduaneiras. Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, o andamento da obra, iniciada em janeiro, é considerado adequado, e mesmo sem a escada rolante operando já há garantia da acessibilidade necessária para o pleno funcionamento do segundo andar.
"A escada rolante garante conforto aos usuários do Mercado, no entanto, a acessibilidade universal é garantida pelos dois elevadores. Com eles em operação, temos um segundo piso operável", informa a assessoria de imprensa da pasta.
A revitalização do segundo piso está orçada em R$ 9,4 milhões e faz parte de um Termo de Conversão de Área Pública (TCAP) firmado entre a prefeitura e a empresa Multiplan.
A liberação do pavimento superior permitirá a operação de seis pontos comerciais nessa retomada em julho. Segundo a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), três desses permissionários do Mercado já estão realizando suas obras concomitante à reforma elétrica, e outros três ainda não iniciaram esse processo. "Serão seis operações lá em cima, e o restante será licitado", informa a presidente da Associação, Adriana Kauer.
Dentre o projeto mais amplo de revitalização do Mercado, ainda falta avançar na recuperação e pintura das fachadas externas do prédio, iniciadas no mês de fevereiro. O processo de pintura depende da entrega das tintas, que serão doadas pela empresa Suvinil e não têm data de entrega prevista. 
Inaugurado em 1869, com apenas um piso, o Mercado Público foi ampliado em 1912, quando recebeu o andar superior e ornamentos na fachada, transformando-se em um dos cartões-postais da capital gaúcha. Patrimônio Cultural de Porto Alegre desde 1979, o prédio passou por uma restauração na década de 1990. O incêndio que destruiu cerca de 60% do segundo andar ocorreu em 6 de julho de 2013, destruindo seis restaurantes, o Memorial do Mercado, a sede da UEP – Monumenta e a subestação transformadora de energia elétrica. A cobertura em telhas cerâmicas também foi totalmente danificada, assim como parte do telhado metálico do pátio central, restaurado entre 2014 e 2016.

PPCI provisório é aprovado pelo Corpo de Bombeiros

Colocação de extintores e sinalização de emergência estão entre as adequações atendidas

Colocação de extintores e sinalização de emergência estão entre as adequações atendidas


MARCO QUINTANA/JC
Ainda aguardando a liberação definitiva de seu Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), que depende do encerramento das obras de revitalização, o Mercado Público recebeu a aprovação provisória do documento pelo Corpo de Bombeiros. O laudo comprova que as exigências feitas para que o local opere de forma segura tanto para clientes quanto para permissionários e funcionários foram cumpridas.
Segundo a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), hpa anos a aprovação do PPCI vinha sendo aguardada. Em 2017, quatro anos após o incêndio no prédio, os próprios permissionários assumiram a responsabilidade pelas obras necessárias à adequação ao Plano, até então a cargo do município. Orçado na época em R$ 1,5 milhão, foi necessário que os mercadeiros bancassem o projeto, com o intuito de dar agilidade a todo o processo, fundamental para a reabertura dos restaurantes mais impactados pelo sinistro de 2013.
De lá para cá, o Mercado obteve um alvará provisório em 2019 e, agora, os permissionários comemoram também a aprovação do PPCI provisório. “Todos tivemos de fazer sacrifícios para chegar até aqui, mas ter esse documento em mãos, que comprova que fizemos tudo que nos foi pedido, é motivo de muita satisfação. Ninguém mais do que nós, que vivemos o dia a dia do Mercado, esperava mais por isso. Agora, vamos concluir o que falta o quanto antes para finalizarmos com sucesso mais esta etapa”, destaca a presidente da Associação, Adriana Kauer.
Entre as exigências dos Bombeiros atendidas pela Associação destacam-se a colocação de extintores e de sinalização de emergência, contratação de uma Brigada de Incêndio, elaboração de um plano para emergência, colocação de alarme de detecção de incêndio, instalação de gás natural e local facilitado para acesso de viatura, entre outros. Ainda falta a conclusão da instalação dos materiais de revestimento exigidos, que dependem do término da obra elétrica, previsto para julho.