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Energia

- Publicada em 10 de Maio de 2022 às 16:36

RS e Estados Unidos debatem transição para fontes energéticas limpas

Matriz elétrica gaúcha é mais equilibrada que a brasileira

Matriz elétrica gaúcha é mais equilibrada que a brasileira


LUIZ CHAVES/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
Diego Nuñez
As estratégias para realizar a transição do uso de combustíveis fósseis para a geração de energia por fontes renováveis foram o tema de um seminário on-line (webinar) realizado, nesta terça-feira (10), pelo governo do Estado em conjunto com a embaixada e consulados dos Estados Unidos. No evento, foi debatida a necessidade de implementar uma estrutura para apoiar a transição para fontes limpas de energia.
As estratégias para realizar a transição do uso de combustíveis fósseis para a geração de energia por fontes renováveis foram o tema de um seminário on-line (webinar) realizado, nesta terça-feira (10), pelo governo do Estado em conjunto com a embaixada e consulados dos Estados Unidos. No evento, foi debatida a necessidade de implementar uma estrutura para apoiar a transição para fontes limpas de energia.
O Brasil está bem à frente da média mundial na geração de energias renováveis. A matriz elétrica do Brasil é composta em 83% de fontes renováveis de energia, enquanto a taxa do Rio Grande do Sul é de 79,6% e a mundial é de apenas 33%. Mas ainda há espaço para crescimento, uma vez que 51,6% da matriz energética brasileira e 63% da gaúcha provêm de fontes não-renováveis. No mundo, 86,2% da matriz energética é composta por fontes não-renováveis.
O Rio Grande do Sul pode ainda estar abaixo do nível nacional em geração de energia de forma sustentável, mas, segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o Estado tem maior equilíbrio na sua matriz elétrica renovável do que o Brasil. "Diferente do nosso País, em que em torno de 60% é de geração hídrica, temos no Estado um equilíbrio maior dessa distribuição. Dentro dos 83% que temos de fontes renováveis no Rio Grande do Sul, temos 19% de participação eólica, 12% de participação solar e 47% de participação hídrica, além de biomassa”, afirma Lemos. Além disso, o Rio Grande do Sul pretende neutralizar as emissões de carbono em 50% até 2030, compromisso firmado durante a COP26 - conferência sobre o clima do planeta que ocorreu em 2021 em Glasgow, na Escócia.
A necessidade da criação de uma transição justa e igualitária em direção a energias mais limpas e uma maior descarbonização foi relatada por Colette Honorable, especialista norte-americana em transição e regulação de energia. "Nos Estados Unidos, o governo (Joe) Biden tem sido muito inteligente e tem se focado num elemento crítico da transição para energias limpas, que é deixá-las justas e igualitárias para todos”, destacou.
“Agora que estamos novamente no acordo de Paris, precisamos fazer essa transição da forma correta. Não podemos deixar para trás as comunidades e as pessoas que ganharam a vida e criaram a família trabalhando em setores que não terão lugar no nosso futuro da energia”, afirmou a especialista. Em 1º de junho de 2017, o então presidente estadunidense Donald Trump (2017-2020) anunciou que o país se retiraria do acordo de Paris, tratado internacional contra as mudanças climáticas causadas pelo ser humano. Os Estados Unidos voltaram oficialmente ao acordo em 19 de fevereiro de 2021, 30 dias após Trump deixar a Casa Branca.
“Os fardos do desenvolvimento da energia devem ser sustentados por todos, e não apenas por algumas comunidades. Também estamos focados em formas de requalificar a reempregar pessoas que trabalham em setores da energia que serão reduzidos no futuro. Vejo que o Estado de vocês também está focado numa transição justa. O impacto ambiental e social dessa transição precisa ser feita de forma bem considerada e cuidadosa”, concluiu Honorable.
Colette Honorable é membro do Grupo Reed Smith’s Energy and Natural Resources. Também foi consultora na comissão federal responsável pela regulação da energia nos Estados Unidos, além de conselheira na comissão de serviços públicos do estado do Arkansas, onde supervisionou uma jurisdição com 450 serviços de utilidade pública e orçamentos de aproximadamente US$ 5 bilhões. Durante o mandato de Honorable, o estado do Arkansas liderou os programas de eficiência energética das regiões Sul e Sudeste dos Estados Unidos.
A especialista acredita que o Brasil pode servir de exemplo para o resto do mundo “na forma como utilizam o melhor dos recursos de vocês para atender às necessidades do povo e da economia. Quero incentivar que continuem esse grande trabalho, pois somos parte de um único planeta”.
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