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Sistema financeiro

- Publicada em 28 de Abril de 2022 às 17:07

Juros do rotativo do cartão sobem em fevereiro e chegam a 355% ao ano

Modalidade de crédito emergencial é muito acessada em momentos de dificuldades

Modalidade de crédito emergencial é muito acessada em momentos de dificuldades


MARCOS SANTOS/USP IMAGENS/DIVULGAÇÃO/JC
O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito chegou a 355,2% ao ano em fevereiro, divulgou nesta quinta-feira (28) o Banco Central. O número representa um aumento de 8,9 pontos percentuais em relação a janeiro, e é 28,2 pontos percentuais maior do que no mesmo mês em 2021.
O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito chegou a 355,2% ao ano em fevereiro, divulgou nesta quinta-feira (28) o Banco Central. O número representa um aumento de 8,9 pontos percentuais em relação a janeiro, e é 28,2 pontos percentuais maior do que no mesmo mês em 2021.
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 172,5% para 174,3% ao ano entre janeiro e fevereiro. Em fevereiro do ano passado, a taxa era de 167,1%.
Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 67,3% para 73,2% na comparação entre janeiro e fevereiro. No mesmo mês do ano passado, era de 63,2%.
A nota com estatísticas de juros e crédito foi apresentada pela autoridade monetária com aproximadamente um mês de atraso. A divulgação de indicadores pelo BC tem sido comprometida pela mobilização de servidores que pressionam o governo por reajustes salariais.
O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.
Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.
A inadimplência continuou estável, em 2,5%, informou o Banco Central, um aumento de três pontos percentuais na comparação com o mesmo mês em 2021.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 125,7% ao ano para 132,6% ao ano de janeiro para fevereiro. No crédito pessoal, a taxa passou de 23,1% para 22,9% ao ano.
Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).
Além da limitação do juro, os dados atuais refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. Os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso. Esta mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.
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